Os contratos futuros de cobre fecharam em baixa nesta terça-feira (17), com os sinais de estímulos na China não sendo suficientes para impulsionar os preços da commodity. Analistas veem certa decepção com as medidas, e creem que a fraqueza da economia que é a maior consumidora do metal deve seguir sem dar suporte aos preços. Como resultado, a commodity perdeu o nível de US$ 9 mil a tonelada em Londres.
O cobre para março fechou em baixa de 1,06%, a US$ 4,1465 a libra-peso, na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex). O cobre para três meses era negociado em baixa de 0,79%, a US$ 8.996,50 a tonelada, na London Metal Exchange (LME), por volta das 15h00 (de Brasília).
Os preços dos metais industriais mudaram pouco no quarto trimestre, apesar das muitas notícias em torno do estímulo chinês, indica a Capital Economics, que aponta que o movimento se deve provavelmente ao fato de a falta de medidas intensivas em matérias-primas ter desapontado os investidores. Continuamos a pensar que a economia da China, e particularmente a fraqueza no seu setor imobiliário, será um obstáculo à demanda de metais básicos.
“Embora sempre seja um ponto focal para os mercados de metais industriais, o conjunto mensal de indicadores econômicos da China não tem trazido quaisquer surpresas ultimamente. O cenário de procura de metais industriais na China permanece fraco, principalmente devido aos declínios contínuos na construção imobiliária”, resume o Julius Baer.
Visando os próximos trimestres, a Capital Economics avalia que este cenário compensará o impulso da transição verde para metais importantes, incluindo o cobre, durante alguns anos. “Esperamos que esta diminuição da procura coincida com uma melhoria no crescimento da oferta para a maioria dos metais industriais. Isto explica a nossa opinião de que a maioria dos preços dos metais industriais cairá nos próximos anos. Em geral, as nossas previsões para os metais básicos são mais pessimistas do que o consenso”, conclui.
No mesmo horário, a tonelada do alumínio caia 0,86%, a US$ 2.542,50. A do estanho recuava 0,46%, a US$ 29.185,000. A do zinco tinha queda de 0,49%, a US$ 3.031,00. A tonelada do chumbo tinha baixa de 0,40% a US$ 1.987,00. E o níquel tinha queda de 0,99%, a US$ 15.515,00.