O cobre cedeu nesta segunda-feira (19), em um ajuste parcial da alta de mais de 3% no acumulado da semana passada, quando o contrato chegou a se reaproximar de US$ 8.500 por tonelada em Londres. A sessão não teve catalisador nítido e foi marcada pelo feriado nos Estados Unidos, enquanto a China manteve as taxas de juros de curto e médio prazo.
Leia também
Outros insumos metálicos tiveram, novamente, desempenho misto. No pregão eletrônico da Comex, divisão para metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), o cobre com entrega prevista para março era cotado a US$ 3,8135 por libra-peso, com recuo de 0,66%, perto das 15h (de Brasília). Na London Metal Exchange (LME), a tonelada do metal para três meses recuava 0,38%, a US$ 8.440, depois de acumular ganho de 3,59% na semana passada. Ainda na LME, no horário citado, a tonelada do níquel tinha variação de +0,40%, a US$ 16.415,00.
Os produtores de lítio e níquel, utilizados em baterias para veículos elétricos, têm paralisado projetos e encerrado minas para economizar, após uma queda muito rápida nos preços das matérias-primas. Os preços do lítio caíram até 90% desde o início do ano passado, enquanto o preço do níquel cedeu cerca de metade.
Publicidade
Invista em oportunidades que combinam com seus objetivos. Faça seu cadastro na Ágora Investimentos
Na semana passada, a gigante suíça de mineração e comércio Glencore disse que a produção seria suspensa em uma mina e planta de processamento de níquel não lucrativa na Nova Caledônia, um grupo de ilhas francesas no Pacífico que fornece mais de 6% do abastecimento mundial. A empresa buscará um comprador para sua participação na operação e atribuiu a decisão aos altos custos operacionais e ao mercado fraco. Dias depois, a BHP, a maior mineradora do mundo em valor de mercado, disse que poderá ter de encerrar o seu negócio de níquel na Austrália por um período indeterminado, alertando que não prevê uma recuperação rápida do mercado. A BHP tem acordos de fornecimento com Tesla e Ford Motor.
Entre outros contratos, o do alumínio cedia 0,79%, a US$ 2.198,50 a tonelada, e a do estanho recuava 1,72%, a US$ 26.535,00. A cotação do zinco avançava 0,69%, a US$ 2.404 a tonelada. O contrato do chumbo era negociado a US$ 2.038,00, com desvalorização de 1,55%. O banco central da China (PBoC) deixou a taxa de sua linha de empréstimo de médio prazo – conhecida como MLF – de um ano inalterada em 2,5%, segundo comunicado enviado no domingo (18).
Apesar da manutenção, analistas preveem que o PBoC poderá cortar seus juros básicos, as chamadas taxas de juros de referência para empréstimos (LPRs), no fim da noite desta segunda-feira.