Os contratos futuros do cobre fecharam em queda nesta segunda-feira (19), em um dia de feriado nos Estados Unidos sem negociações em Nova York e pressionados por projeções pioradas para a economia da China. Os mercados estão à espera da decisão do Banco do Povo da China (PBoC, na sigla em inglês), a ser divulgada à noite. Após sinais de desaceleração na recuperação chinesa no pós-pandemia, puxada principalmente pelo setor de serviços, a expectativa do mercado é de que o banco central do país corte as taxas de juros para impulsionar a economia.
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Na Comex, divisão para metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), com apenas o pregão eletrônico operando, o cobre com entrega prevista para julho caía 0,67% por volta de 14 horas (de Brasília), a 3,8630 por libra-peso. Na London Metal Exchange (LME), o futuro da tonelada do metal caía 0,61%, a US$ 8.533,00.
As previsões para a China ficaram menos otimistas conforme as expectativas por maiores estímulos econômicos pelo governo foram frustradas nessa sexta-feira (16), após uma reunião do Conselho Estatal da China terminar sem medidas concretas, e na esteira da divulgação de dados econômicos recentes que desapontaram.
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“O atual centro das preocupações dos investidores continua sendo a China, onde ainda aumentam as esperanças de uma intervenção de estímulos das autoridades, embora a falta de anúncios na semana passada tenha resultado em uma onda de decepção”, disse o analista da Interactive Investor Richard Hunter.
A BBVA Research apontou que a recuperação econômica chinesa “pisou no freio” neste segundo trimestre, depois de um “desempenho magnífico no início do ano devido à demanda externa que não se recuperou, à fraqueza no mercado imobiliário doméstico e à baixa confiança do mercado.
Bancos globais têm revisado para baixo suas previsões para o crescimento do país asiático – o maior importador de commodities. O Goldman Sachs, por exemplo, reduziu a sua estimativa para o avanço do Produto Interno Bruto (PIB) da China neste ano, de 6,0% a 5,4%, e também para 2024, de 4,6% a 4,5%, considerando que há “persistentes ventos contrários ao crescimento” no país. O banco ainda espera que ocorram medidas de estímulo, mas não tão grandes quanto vistas em 2008-2009, 2015-2016 ou em 2020.
Os outros metais negociados na London Metal Exchange (LME) também fecharam em viés de baixa, com exceção do estanho, que avançava 0,11%, a US$ 26.930,00, no horário citado. A tonelada do alumínio perdia 1,46%, a US$ 2.235,00; a do chumbo recuava 0,23%, a US$ 2.130,00; a do níquel caía 2,42%, a US$ 22.425,00; e a do zinco tinha baixa de 1,80%, a US$ 2.427,00.
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*Com informações da Dow Jones Newswires.