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Cobre fecha em queda pela 6ª vez seguida, com demanda da China em foco

A ausência de propostas para estímulos significativos nos próximos anos pela gigante asiática esteve no radar

Cobre fecha em queda pela 6ª vez seguida, com demanda da China em foco
(Foto: Envato Elements)

O cobre fechou em queda pela 6ª sessão consecutiva nesta segunda-feira (22), diante de temores sobre demanda da China, após ausência de propostas para estímulos significativos nos próximos anos com a conclusão do Terceiro Plenário. Este cenário colocou em segundo plano o corte inesperado de juros do Banco do Povo da China (PBoC, na sigla em inglês) e o apetite por risco ante reviravolta no cenário eleitoral dos EUA.

O cobre para setembro fechou em baixa de 0,92%, em US$ 4,1975 a libra-peso, na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex). Por volta das 14h20 (de Brasília), o cobre para três meses recuava 0,63%, a US$ 9.231,50 a tonelada, na London Metal Exchange (LME).

Os preços do cobre foram pressionados novamente neste pregão por temores em relação a demanda da China, depois de cair mais de 7% na semana passada. Em relatório, o TD Securities observa que o movimento reflete uma deterioração no sentimento de demanda por commodities, particularmente de metais básicos – uma tendência que, segundo o banco de investimentos, deve continuar e é “consistente com os fundamentos”.

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Divulgado ontem, o relatório de conclusão do Terceiro Plenário da China – reunião do governo para definir metas estratégias econômicas para os próximos anos – sinalizou que estímulos e subsídios para o crescimento econômico devem permanecer “aquém do esperado pelo mercado”, segundo analistas. O documento também rebaixou a classificação do setor imobiliário de “motor do crescimento” para “meio de subsistência”, indicando que o suporte para esta área deve ser limitado daqui para frente.

Esse ambiente colocou em segundo plano os cortes de 10 pontos-base realizados pelo PBoC em suas taxas de referência de longo prazo e de recompra (repo) de sete dias. Para a Oxford Economics, a redução modesta veio antes do previsto e refletem o “complexo cálculo político” entre equilibrar uma “atividade interna anêmica, a fraqueza da moeda e margens de juro líquidas comprimidas dos bancos chineses”.

Ainda em segundo plano, a desistência do presidente dos EUA, Joe Biden, à reeleição e o apoio à candidatura da vice-presidente, Kamala Harris, impulsionaram apetite por risco nos mercados acionários em Nova York e na Europa.

No radar, investidores de metais básicos também acompanharam assinatura de acordo definitivo da Ero Copper para adquirir 60% do Projeto de Furnas, da Salobo Metais, parte do negócio de Metais Básicos da Vale (VBM). Já a Anglo American vendeu US$ 195 milhões em dois conjuntos de ativos royalties para a Taurus Funds Management, referentes a subsidiárias responsáveis pela produção de minério de ferro, ouro e cobre.

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Entre outros metais negociados na LME, no horário citado, a tonelada do alumínio cedia 1,53%, a US$ 2.314,00; a do chumbo recuava 1,81%, a US$ 2.083,00; a do níquel tinha baixa de 0,12%, a US$ 16.200,00; a do estanho caía 2,90%, a US$ 30.100,00; e a do zinco perdia 1,35%, a US$ 2.736,50.

Com informações da Dow Jones Newswires