Os contratos futuros de cobre fecharam em alta nesta segunda-feira (23), em uma recuperação após quedas consecutivas que levaram o metal aos níveis mais baixos em meses. Algum alívio pelas tensões geopolíticas e as perspectivas para as cotações da commodity impulsionaram os ganhos. Além disso, a desvalorização do dólar ante outras moedas nesta sessão também deu forças ao cobre, cotado na moeda americana.
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Na Comex, divisão para metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), o cobre com entrega prevista para dezembro subiu 0,66%, a US$ 3,5865 por libra-peso. Na London Metal Exchange (LME), a tonelada do metal para três meses avançava 0,44% por volta de 14h30 horas (de Brasília), a US$ 7.975,00.
De acordo com Edward Meir, analista de commodities da Marex, o cobre chegou a tocar o menor nível em 11 meses nesta sessão. “No espaço geopolítico, os combates em Gaza continuam, mas também foram relatados ataques aéreos israelitas no norte do Líbano e na Síria”, aponta Meir. “Apesar de todas estas múltiplas tragédias, os mercados ainda não registraram vendas ainda mais dramáticas, uma vez que os investidores continuam considerando que o conflito permanece relativamente localizado, por enquanto”, afirma.
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Já o potencial de médio e longo prazo do cobre parece brilhante devido à crescente demanda global e ao crescimento limitado da oferta, avaliam analistas da RBC Capital Markets, em uma nota de pesquisa. “No entanto, um abrandamento das perturbações na oferta na indústria, combinado com riscos cíclicos negativos para a procura, nos torna um tanto cautelosos no curto prazo”, dizem os analistas.
Em outros mercados, o Citi destaca que o fornecimento de minério de ferro de países “não tradicionais” – ou seja, que não são Austrália, Brasil e África do Sul – para a China caíram 12% em setembro de 2023, à medida que a dinâmica dos preços do minério de ferro se estagna. O movimento ocorre “uma vez que estes são o fornecimento marginal/de alto custo para os mercados marítimos”.
Entre outros metais negociados na LME sob vencimento de três meses, no horário citado, a tonelada do alumínio cedia 0,23%, a US$ 2.175,00; a do chumbo avançava 0,41%, a US$ 2.099,00; a do níquel recuava 2,33%, a US$ 18.205,00; a do estanho cedia 0,76%, a US$ 24.860,00; e a do zinco tinha queda de 0,55%, a US$ 2.425,00.
Com informações Dow Jones Newswires
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