Os metais fecharam com desempenhos distintos nesta terça-feira (26), com o cobre estendendo a queda, enquanto o futuro do níquel chegou a ceder abaixo de US$ 19.000, diante das incertezas sobre as questões estruturais da economia da China, mesmo após dados mostrarem uma melhora recente.
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Na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), o cobre com entrega para dezembro encerrou a sessão em queda de 0,57%, em US$ 3,6490 a libra-peso. Na London Metal Exchange (LME), o cobre para três meses recuava 0,40%, a US$ 8.116,00 a tonelada por volta das 14h30 (de Brasília).
Entre outros metais negociados na LME, no horário citado, a tonelada do níquel computava queda de 1,28%, a US$ 18.905,00. O contrato do alumínio subia 0,29%, a US$ 2.240,00 a tonelada, e a do estanho computou alta de 0,77%, a US$ 26.025,00. A cotação do zinco cedia 0,89%, a US$ 2.509,50 a tonelada. O contrato do chumbo era negociado a US$ 2.183,00, com valorização de 0,05%.
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“As questões estruturais do país (China) permanecem praticamente sem solução e deverão anular qualquer melhoria temporária nos dados”, segundo relatório da Marex. Além de citar as notícias recentes sobre a Evergrande, como o não pagamento de títulos e a prisão de dois dos seus executivos, a Marex destacou que a Seazen Holdings, outra empresa de desenvolvimento de projetos imobiliários, reduziu uma colocação privada devido ao fraco interesse geral dos investidores, enquanto a Guangdong Adway Construction, focada em design de interiores e decoração externa de imóveis, pediu falência.
A S&P Global Ratings cortou as previsões para o desempenho da economia chinesa neste ano e no próximo, diante de incertezas no setor imobiliário e do enfraquecimento da demanda externa. A agência vê riscos “altos” no horizonte do país asiático, onde consumidores e empresas apresentam baixa propensão a gastar. Segundo relatório, a instituição reduziu a projeção para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) da China em 2023, de 5,2% para 4,8%, e em 2024, de 4,8% para 4,4%.