O cobre fechou em baixa nesta terça-feira (27), não se beneficiando o suficiente das falas otimistas do premiê da China como outros metais usados na indústria. O impulso que a commodity ganhou com as medidas de estímulo econômico no país asiático – seu principal importador – parece ter arrefecido, segundo analistas.
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Na Comex, divisão para metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), o cobre com entrega prevista para agosto fechou em baixa de 0,36%, a 3,7705 por libra-peso. Na London Metal Exchange (LME), o tonelada do metal para três meses caía 0,37%, a US$ 8.357,00, por volta das 14h30 (de Brasília).
O TD Securities afirmou que os preços da commodity na LME estão sendo pressionados pela contínua deterioração nas expectativas de demanda – em linha com sua interpretação de que o rali do cobre relacionado aos estímulos econômicos na China parece ter acabado.
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O movimento é de correção desse forte rali que o metal teve durante a pandemia, período de demanda elevada, de acordo com o operador de renda variável da Manchester Investimentos, Guilherme Paulo. O cobre recentemente vem “se adaptando ao mercado, inclusiva pela questão da elevação das taxas de juros no mundo todo”, citou ele. A semana passada foi marcada por alta de taxas de diversos bancos centrais de economias avançadas.
O mercado já vinha sofrendo à espera de maiores medidas expansionistas na China, diz o operador de renda variável da Manchester Investimentos, Guilherme Paulo. Isso porque o fim das restrições sanitárias relacionadas à covid-19 teve um efeito menor que o antecipado por alguns economistas.
Os investidores digeriram a fala do primeiro-ministro da China, Li Qiang, que disse que o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) da China no segundo trimestre provavelmente ultrapassará o dos primeiros três meses do ano, e que sua economia continua no caminho certo para atingir a meta de anual de cerca de 5%. Mas o cobre não teve a mesma reação que o minério de ferro, por exemplo, por ser mais volátil e usado em outras indústrias além da construção, como em eletrônicos, de acordo com Guilherme Paulo.
Enquanto isso, os outros metais negociados na LME operavam em alta. No horário citado acima, a tonelada do alumínio avançava 2,24%, a US$ 2.194,00; a do chumbo subia 1,01%, a US$ 2.096,50; a do níquel ganhava 2,04%, a US$ 20.790,00; a do estanho subia 2,16%, a US$ 26.250,00; a do zinco tinha ganho de 1,67%, a US$ 2.373,00.
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