Os contratos futuros do cobre fecharam em alta nesta sexta-feira (28), voltando a subir após queda impulsionada por indicadores da China. Ainda assim, a semana termina com recuo para o metal. Apesar do avanço da sessão atual, analistas veem pressões de venda, especialmente após as quedas que chegaram a somar 15% desde o pico recente da commodity.
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O cobre para julho fechou em alta de 1,43%, em US$ 4,3905 a libra-peso, na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex). Na London Metal Exchange (LME), o cobre para três meses avançava 1,06%, a US$ 9.614,50 a tonelada, às 14h15 (de Brasília). Na comparação semanal, o cobre caiu 1,16% em Nova York e 0,68% em Londres.
“A ação dos preços no complexo de metais básicos está evitando a pressão de venda do cobre, no entanto, o gatilho de venda mais alto, agora em US$ 9.350, está se tornando um risco cada vez mais arraigado para o metal vermelho”, avalia o TD Securities. “Na verdade, com o nosso indicador da procura global de matérias-primas enfraquecendo, enquanto os prêmios deprimidos e o aumento dos estoques na China argumentam contra a rigidez fundamental, existem muitos potenciais catalisadores que poderão fazer com que os preços caiam ainda mais a partir daqui, especialmente tendo em conta o posicionamento ainda inchado dos gestores”, projeta.
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No ano passado, a China, que de acordo com o Grupo Internacional de Estudos de Cobre já produziu 43% do cobre refinado global em 2022, registrou um novo crescimento de produção de 18,5%. Embora a produção tenha caído sensivelmente em maio, ainda foi produzido 5% mais cobre refinado nos meses de referência de março a maio do que no ano anterior. “O elevado crescimento da produção na China contrasta com as dificuldades enfrentadas pelos produtores mineiros chilenos: as últimas notícias de que o maior produtor estatal de cobre do Chile, cuja produção mensal já caiu abaixo da marca das 100 mil toneladas em abril, também não conseguiu atingir a sua meta de produção em maio se encaixa nesta imagem”, pondera o Commerzbank.
Entre outros metais negociados na LME, o alumínio avançava 1,22%, a US$ 2.526,50; o chumbo avançava 1,97%, a US$ 2.230,00; o níquel cedia 0,06%, a US$ 17.250,00; o estanho subia 1,48%, a US$ 32.875,00 e o zinco caía 0,12%, a US$ 2.940,50 – todos medidos como proporção da tonelada.