O cobre e outros metais industriais fecharam em baixa na sessão desta terça-feira (30), em dia de dólar forte e aversão a risco antes da decisão do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) amanhã. A perspectiva de que a inflação e a força do mercado de trabalho nos EUA – reforçados hoje por dado de custo de emprego – exigirão juros restritivos por mais tempo pesa no sentimento.
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O cobre para julho fechou em queda de 2,02%, a US$ 4,5645 a libra-peso, na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex). Na London Metal Exchange (LME), o cobre para três meses cedia 1,93% por volta das 14h20 (de Brasília), a US$ 9.966,00 a tonelada.
A cautela, que já dava o tom das negociações logo cedo, imperou após o índice de custo do emprego dos EUA avançar 1,2% no primeiro trimestre, acima da previsão de alta de 0,9%. O dado se soma a uma série de outros indicadores econômicos fortes nos EUA que vêm sendo usados como argumento por quem teme um relaxamento monetário cedo demais.
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O mercado de metais ainda digeriu o relatório de produção da Glencore do primeiro trimestre de 2024. A mineradora informou leve queda na produção anual de cobre e carvão, porém, manteve sua projeção para produção total dessas commodities em 2024. A do níquel cresceu e a de zinco ficou praticamente estável.
O Commerzbank avalia que o potencial de alta dos metais básicos está praticamente esgotado, à medida que a perspectiva de aperto na oferta parece já suficientemente precificada. “Como não esperamos uma forte recuperação econômica global, também somos cautelosos sobre esperar um aumento forte na demanda como em recuperações anteriores”, complementa o banco em relatório hoje. “Isso é particularmente verdadeiro para os metais, que são fortemente dependentes do setor da construção. Na nossa opinião, também não é provável que os problemas no mercado imobiliário da China sejam resolvidos neste ano.”
Entre outros metais negociados na LME, no horário acima, a tonelada do alumínio operava em queda de 0,27%, a US$ 2.581,00; a do chumbo recuava 0,61%, a US$ 2.214,00; a do níquel subia 0,08%, a US$ 19.220,00; a do estanho tinha baixa de 4,48%, a US$ 31.165,00; e a do zinco cedia 1,93%, a US$ 2.895,00.