O cobre avançou mais de 4% nesta sexta-feira (11), o que impulsionou o metal para uma alta semanal de até 6%. Um dos principais drivers hoje foi, mais uma vez, a situação da covid-19 na China. Desta vez, porém, as sinalizações foram positivas para commodities. Pequim informou que vai relaxar uma série de medidas relacionadas à política de covid-zero, que tem desacelerado a atividade local e global, e reduzido a demanda chinesa por metais industriais.
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Na Comex, divisão para metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), o cobre com entrega prevista para dezembro fechou em alta de 4,14%, a US$ 3,9135 por libra-peso. Na London Metal Exchange (LME), a tonelada do metal para três meses subia 3,49% por volta de 15h00 (de Brasília), a US$ 8.551,50. No acumulado semanal, as altas foram de 6,16% e 5,15%, respectivamente.
Entre as decisões tomadas pelo governo chinês que animaram os mercados, estão a redução do número de categorias para designar o risco de cada região do país, deixando apenas os níveis “baixo” e “alto” e retirando o “médio”, e um período menor de quarentena obrigatória a viajantes que entram no país.
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Além da China, metais industriais também ganharam força nos últimos dias por conta da queda do dólar no exterior e dos juros dos Treasuries, aponta a Capital Economics, em seu relatório semanal sobre commodities. “No entanto, duvidamos que isso anuncie o início de um rali renovado dos preços das commodities. Os dados de inflação dos EUA mais fracos do que o esperado para outubro não persuadirão por si só o Federal Reserve (Fed) a diminuir seu tom hawkish e esperamos mais aumentos nas taxas nos próximos meses”, ações que devem dar força ao dólar e aos juros da renda fixa americana, projeta a casa.
A Capital também sugere cautela sobre a postura mais branda da China, ao afirmar que os relaxamentos podem fazer com que as restrições sejam insuficientes para conter as infecções por coronavírus, o que obrigaria Pequim a adotar medidas ainda mais duras. Entre outros metais negociados na LME sob mesmo vencimento, no horário citado, a tonelada do alumínio subia 6,28%, a US$ 2.469,00; a do chumbo crescia 2,94%, a US$ 2.155,50; a do níquel avançava 5,24%, a US$ 27.500,00; a do estanho tinha alta de 4,92%, a US$ 21.105,00; e a do zinco ganhava 5,05%, a US$ 3.025,00.