Metais: cobre fecha em baixa, pressionado por risco de recessão global

O cobre fechou em baixa quinta-feira (27), pressionado por um dólar forte ante a maioria de suas moedas rivais no mercado cambial. Além disso, ficou no radar riscos de recessão para a economia global, diante de nova alta agressiva dos juros na zona do euro e um Produto Interno Bruto (PIB) dos EUA que sinalizou enfraquecimento na composição do dado.

Na Comex, divisão para metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), o cobre com entrega prevista para dezembro recuou 0,72%, a US$ 3,5195 por libra-peso. Na London Metal Exchange (LME), a tonelada do metal para três meses cedia 0,16%, a US$ 7.757,00, por volta de 14h25 (de Brasília).

Hoje, o Banco Central Europeu (BCE) elevou o juro básico em 0,75 ponto porcentual, a 2,0% ao ano, decisão que deve pressionar mais a já combalida economia da zona do euro. A presidente da instituição, Christine Lagarde, admitiu que os riscos de recessão na região cresceram

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Investidores também observaram o crescimento de 2,6% do PIB americano no terceiro trimestre, um pouco acima da mediana de analistas consultados pelo Projeções Broadcast. Apesar do bom índice cheio, detalhes do indicador, como a desaceleração do consumo, sugerem enfraquecimento da maior economia do mundo à frente.

“Riscos de recessão mantém os preços de metais básicos” pressionados, comenta o TD Securities, em relatório.

O ANZ, no entanto, lembra que o atual estado apertado do mercado de commodities básicas pode provocar uma compressão severa da oferta, cenário que pode favorecer os preços.

Segundo o banco neozelandês, o rali dos últimos dois anos não foi suficiente para elevar os gastos no setor de forma significativa, e o desequilíbrio pode piorar se não ocorrer qualquer choque à oferta ou uma recuperação “repentina” da demanda.

Entre outros metais negociados na LME sob mesmo vencimento, no horário previsto, a tonelada do alumínio caía 1,89%, a US$ 2.286,00; a do chumbo cedia 1,67%, a US$ 1.860,00; a do níquel tinha baixa de 0,78%, a US$ 22.385,00; a do estanho tombava 2,32%, a US$ 18.545,00; e a do zinco recuava 0,76%, a US$ 2.943,50.