Por André Marinho – Os contratos futuros de cobre fecharam em forte queda nesta terça-feira, depois que dados econômicos ampliaram os temores de recessão nas maiores economias do planeta e desencorajaram a busca por commodities. As cotações foram pressionadas ainda pela firme valorização do dólar no exterior.
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Na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), o cobre para setembro encerrou a sessão em baixa de 5,24%, a US$ 3,4150 a libra-peso. Na London Metal Exchange (LME), por volta das 14h35 (de Brasília), o cobre para três meses caía 4,58%, a US$ 7.605,00 por tonelada. “De um modo geral, as preocupações com uma recessão global continuam a predominar nos mercados de metais”, resume o Commerzbank. Historicamente, o cobre tem sido um dos ativos mais acompanhados por investidores para monitorar os riscos econômicos.
Em seu relatório sobre condições financeiras, o Banco da Inglaterra (BoE) avaliou que as perspectiva se “deterioraram materialmente” no mundo, após a guerra entre Rússia e Ucrânia alimentar pressões inflacionárias. Para o BC britânico, os desequilíbrios podem enfraquecer ainda mais o crescimento e provocar estresse nos mercados.
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Os indicadores econômicos ainda exibem sinais divergentes sobre o quadro geral, mas mesmo os positivos não convencem os agentes de que um horizonte difícil será evitado. Os índices de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) compostos caíram em junho em Alemanha e zona do euro, mas subiram em China, Japão e Reino Unido. Já as encomendas à indústria dos EUA cresceram 1,6% entre abril e maio, ante previsão de alta de 0,6%.
As incertezas sobre a atividade derrubaram o euro às mínimas em quase duas décadas ante o dólar e deram força particular à moeda americana. O fortalecimento da divisa dos Estados Unidos tende a pressionar commodities, ao torná-las mais caras, e dessa forma, menos atraente. Entre outros metais negociados na LME, no horário citado acima, a tonelada do alumínio perdia 3,98%, a US$ 2.365,00; a do chumbo recuava 0,51%, a US$ 1.934,00; a do níquel cedia 0,81%, a US$ 22.665,00; a do estanho baixava 3,77%, a US$ 25.675,00; e a do zinco se desvalorizava 2,66%, a US$ 3.004,00.