

Por André Marinho – Os contratos futuros de cobre fecharam sem direção única uma sessão marcada por volatilidade nos mercados de commodities hoje, após a divulgação da inflação ao consumidor mais alta nos Estados Unidos em mais de quatro décadas. O dado reforçou expectativa por aperto monetário e trouxe instabilidade ao dólar, que firmou queda ante rivais à tarde e beneficiou parte das commodities.
Na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), o cobre para setembro encerrou em alta de 1,05%, a US$ 3,3225 a libra-peso. Por volta das 14h20 (de Brasília), o cobre para três meses negociado na London Metal Exchange (LME) recuava 3,13%, a US$ 7.369,50 por tonelada.
O índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) dos EUA subiu 1,3% em junho ante maio, segundo informado hoje pelo Departamento de Trabalho do país. Na comparação anual, o CPI dos EUA deu um salto de 9,1% no mês passado, o maior desde novembro de 1981 e acima da previsão de alta de 8,8% do Projeções Broadcast
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O indicador ampliou as apostas de aumento de 1 ponto porcentual nos juros do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) este mês. Plataforma de monitoramento do CME Group mostra 60,7% de chances de uma alta nessa magnitude, de 39,3% ontem. Por outro lado, a expectativa de um ajuste de 75 pontos-base caiu de 92,4% a 39,3%.
A rearranjo na precificação chegou a impulsionar o dólar e o euro operou brevemente abaixo da moeda americana pela primeira vez desde dezembro de 2002. No entanto, o movimento se reverteu ao longo do dia e, à tarde, a desvalorização da divisa dos EUA beneficiou o cobre em Nova York.
Segundo o Commerzbank, no entanto, a tendência é de que o dólar forte pressione a commodity metálica. “Além disso, um aumento acentuado nos casos de coronavírus em Xangai provocou preocupações de que novos lockdowns sejam impostos, o que presumivelmente diminuiria a demanda por commodities industriais”, explica.
Entre outros metais negociados na LME, no horário citado acima, a tonelada do alumínio caía 0,61%, a US$ 2.362,50; a do chumbo perdia 0,46%, a US$ 1.940,50; a do níquel cedia 3,08%, a US$ 21.230,00; a do estanho baixava 1,74%, a US$ 25.450,00; a do zinco recuava 3,99%, a US$ 2.938,00.
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