O ouro fechou mais uma sessão em alta nesta quinta-feira (1), apoiado pelo recuo do dólar e dos retornos dos Treasuries (títulos de renda fixa de dívida pública do governo norte-americano), frente ao anúncio de juros do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) na última quarta-feira (31) e às preocupações com a saúde dos bancos regionais americanos que dominaram o cenário internacional hoje.
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Na Comex, divisão para metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), o ouro com entrega prevista para abril de 2024 fechou em alta de 0,22%, a US$ 2.053,0 por onça-troy.
Investidores digeriram a decisão do Fed de manter juros inalterados e as falas subsequentes do presidente Jerome Powell, que indicou achar improvável um corte de juros já em março. Esse comentário manteve os retornos dos Treasuries sob pressão – ajudando a sustentar a valorização do ouro, pois os dois ativos competem entre si pelos fluxos de busca por segurança.
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Hoje, a repercussão do balanço decepcionante da New York City Bancorp renovou o peso sobre os yields dos bônus e minou também a força do dólar. A depreciação da moeda americana tende a favorecer a demanda por commodities, já que elas ficam mais baratas para operadores de outras divisas.
Analista do Julius Baer, Carsten Menke afirmou, no entanto, que ainda vê os riscos para o ouro mais inclinados para o lado baixista. “Muitas ‘boas notícias’ estão precificadas no ouro em termos de política monetária nos EUA ou risco de recessão americana, o que, na nossa visão, é improvável que se materialize”, explicou ele, em relatório.