O contrato futuro de ouro mais líquido fechou em forte queda nesta sexta-feira, após o relatório payroll apontar robusta criação de emprego nos Estados Unidos. O desempenhou alimentou apostas de que o Federal Reserve (Fed) manterá a política monetária restritiva por um período prolongado, o que sustentou o dólar no exterior.
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Na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), o ouro com entrega marcada para abril encerrou a sessão com perda de 2,81%, a US$ 1.877,7 a onça-troy, uma desvalorização de 2,74% na semana.
Conforme informado nesta manhã, a maior economia do planeta gerou cerca de meio milhão de empregos em janeiro, na contramão das previsões de esfriamento do mercado de trabalho. A taxa de desemprego caiu à mínima em mais de 50 anos, a 3,4%.
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Junto com indicadores que apontaram resiliência no setor de serviços, os dados do payroll ampliaram as expectativas de que o Fed seja forçado a subir juros e mantê-los no pico por mais tempo. O cenário atenuou as apostas de que o BC americano encerre o ciclo de aperto e já comece a relaxar a política monetária este ano.
“A expectativa de mais altas de juros fortaleceu o dólar e enfraqueceu o preço do ouro. O ouro e o dólar historicamente têm uma relação inversa”, explica o CEO do fundo de investimentos GraniteShares, Will Rhind.
O Julius Baer chama atenção para a crescente demanda de bancos centrais, que têm ampliado as compras do ouro. No entanto, segundo o banco, o impacto disso sobre os preços tende a ser limitado. A instituição diz ainda que investidores têm se mostrado “relutante” a voltar ao mercado.