O ouro fechou em queda nesta segunda-feira (5), pressionado pela valorização dos juros dos títulos de renda fixa de dívida pública do governo norte-americano (Treasuries) e do dólar no exterior. O metal se depreciou em meio ao ajuste nas perspectivas de que os cortes de juros pelo Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) podem não vir tão cedo quanto os mercados inicialmente previam.
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Na Comex, divisão para metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), o ouro com entrega prevista para abril fechou em queda de 0,52%, a US$ 2.042,90 por onça-troy.
Os investidores repercutem as falas veiculadas ontem do presidente do Fed, Jerome Powell, que mais uma vez pressionou contra expectativas de relaxamento monetário já em março. O índice de gerentes de compras (PMI) do ISM fortaleceu ainda mais esse argumento, ao mostrar um setor de serviços mais resiliente que o esperado nos EUA. O quadro impulsionou a moeda e o rendimento dos títulos americanos, o que, por sua vez, tende a prejudicar a demanda por ouro.
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Apesar do movimento de hoje, o TD Commodities indicou otimismo com a cotação do metal. O banco canadense afirmou estar entrando em uma posição longa tática no mercado de ouro, antevendo fluxos de entrada substanciais associados ao início do ciclo de afrouxamento monetário mais à frente.
O TD destacou ainda a contínua força das vendas no mercado físico de ouro, além das compras pela China em meio ao Ano Novo chinês como outros pilares que deverão limitar ricos baixistas associados com cortes de juros menores precificados para o Fed até o fim do ano.