O ouro fechou em alta em nova máxima histórica, em meio às tensões geopolíticas acentuadas. O movimento dá continuidade ao rali dos preços no início de uma semana que contará com dados de inflação ao consumidor dos EUA e ata do Federal Reserve (Fed, o banco central do país).
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Na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), o ouro com entrega prevista para junho fechou em alta de 0,24%, a US$ 2.351,00 a onça-troy, novo recorde histórico.
Analista sênior de mercado financeiro da corretora online Capital.com, Kyle Rodda explicou que as persistentes tensões no Oriente Médio continuam se sobrepondo às expectativas menores de cortes de juros nos EUA.
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Tanto é que a valorização do metal hoje ocorreu a despeito do viés de alta nos retornos dos Treasuries (títulos de renda fixa de dívida pública do governo norte-americano) e do dólar misto no exterior. “O ouro continua subindo mesmo com o mercado precificando menos cortes de juros” pelo Fed, observou também o Heraeus Metals em relatório.
“Seu preço avançou 12,6% desde o início do ano, e sem a ajuda de uma mudança de política monetária pelo Fed, um dólar acentuadamente fraco ou uma recuperação significativa na demanda de investidores institucionais via ETFs”, acrescentou a consultoria. Para a Heraeus, isso abre caminho para uma alta ainda maior mais à frente no ano, quando o Fed finalmente decidir baixar juros – “o que provavelmente vai enfraquecer o dólar”.