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Ouro amplia rali recente e fecha em alta, renovando máxima histórica

Vários fatores apoiaram a valorização do metal, como a perspectiva de cortes de juros e riscos geopolíticos

Ouro amplia rali recente e fecha em alta, renovando máxima histórica
(Foto: Envato Elements)

O ouro ampliou rali na sessão desta terça-feira (9) e renovou mais uma máxima histórica no fechamento. Uma série de fatores parecem apoiar a valorização do metal, desde a perspectiva de cortes de juros nas economias avançadas neste ano, passando pela compra de investidores asiáticos, até os riscos geopolíticos que fomentam busca por segurança, segundo analistas.

Na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), o ouro com entrega prevista para junho fechou em alta de 0,48%, a US$ 2362,40 a onça-troy, novo recorde histórico.

“O ouro é apoiado por bancos centrais, investidores da China e, cada vez mais, compradores do Ocidente, sobre uma confluência de fatores macro, incluindo o fim do ciclo de aperto monetário”, apontou o Bank of America (BofA) em relatório hoje. O banco americano projeta que o preço do metal chegará a US$ 3.000 a onça-troy até 2025.

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Na análise da Spartan Capital, foram as compras vindas da Ásia que estiveram por trás da valorização desta manhã. Mas a consultoria acredita que o forte rali nos metais está chegando ao fim. “Na verdade, uma correção é necessária para que o mercado sustente seus fortes ganhos”, observou, em nota.

A Capital Economics também mencionou a demanda chinesa como um dos principais drivers do rali deste ano, além dos fluxos associados aos riscos geopolíticos. “O interesse dos investidores chineses no ouro não é tão surpreendente, dado que as potenciais oportunidades de investimento na China diminuíram devido à desaceleração nos valuations do setor imobiliário e à queda nos preços das ações no país nos últimos dois anos”, contextualizou, em relatório.

A sua projeção é de que o frenesi chinês acabe desaparecendo, dando lugar aos drivers mais tradicionais de preços. “Acreditamos que o ouro recuará das máximas recordes até o fim de 2024, mas que a queda dos rendimentos dos Treasuries e alguma fraqueza do dólar dos EUA manterão os preços elevados.”