O contrato futuro mais líquido do ouro fechou em queda nesta terça-feira (13), pressionado pelo núcleo do índice de preços ao consumidor (CPI, pela sigla em inglês) dos Estados Unidos, que ainda permanece distante da meta de 2% do Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA). O indicador, apesar de ter dado um fôlego inicial ao ouro pela desaceleração das taxas anuais, reforçou as expectativas de que em julho o BC americano poderá elevar as taxas, depois de uma possível pausa na decisão de quarta-feira (14).
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Na Comex, divisão para metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), o ouro com entrega prevista para agosto fechou em baixa de 0,56%, a US$ 1.958,60 por onça-troy.
Segundo o analista Craig Erlam, investidores de ouro parecem não estar “a bordo” da expectativa da pausa do Fed amanhã, após ter caído com a divulgação do relatório da inflação ao consumidor dos EUA. “Isso pode ser um reflexo do número ainda teimoso do núcleo da inflação que, embora não permita mais altas, pode manter as taxas mais altas por mais tempo. Mas, claramente, o que o Fed fizer e disser amanhã pode desempenhar um papel importante em vermos uma fuga da faixa em que o ouro foi negociado nas últimas semanas”, afirma.
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Já para o ANZ, mesmo com a probabilidade de pausa pelo Fed na próxima reunião, a forte atividade econômica dos EUA “sugere que o Fed permanecerá hawkish no curto prazo. Isso pode levar à consolidação do preço do ouro”.
Já olhando para as compras do metal precioso pelos bancos centrais, a expectativas é que os BCs sigam com a busca pelo ouro para suas reservas, “à medida que o dólar enfraquece e o risco geopolítico permanece elevado. A compra física de ouro está diminuindo na China devido à desaceleração do crescimento econômico e à baixa temporada de demanda”.