O ouro fechou em queda nesta quinta-feira (14), em meio ao fortalecimento do dólar e dos juros dos Treasuries (títulos de renda fixa de dívida pública do governo norte-americano) no exterior, após dados de inflação acima do esperado nos Estados Unidos corroborarem a defesa de uma postura de prudência nos cortes de juros pelo Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA).
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Na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), o ouro com entrega prevista para abril encerrou o pregão com queda de 0,61%, a US$ 2.167,50 a onça-troy. O índice dólar, que mede a variação da moeda ante uma cesta de divisas pares, avançava 0,56%, a 103,36 pontos.
Na última quarta-feira (13), o metal amarelo teve direção oposta e subiu, com o dólar em queda justificando o movimento. Mas o PPI de fevereiro muito acima do esperado, divulgado hoje, trouxe nova demanda para a moeda, influenciando na queda do metal. A consequente escalada dos rendimentos dos Treasuries também impôs pressão ao ouro, uma vez que ambos competem como reserva de segurança e a commodity metálica não rende juros.
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O PPI “reforça a noção de inflação rígida e a necessidade de um Fed paciente. Na verdade, com meses consecutivos de aceleração das pressões sobre os preços, existe uma preocupação crescente de que o Fed possa ter parado antes de atingir um nível suficientemente restritivo para domar a inflação, distraído pela perspectiva de uma aterrissagem suave (da economia)”, escreveu a economista-chefe da Stifel, Lindsey M. Piegza, em nota.
“Se a dinâmica mudar para cima, a Fed poderá ser forçado a retomar novos aumentos das taxas para conter as pressões elevadas sobre os preços”, completou.
Com informações da Dow Jones Newswires