O ouro fechou em alta nesta quinta-feira (14), apoiado pelo recuo dos juros dos títulos de renda fixa de dívida pública do governo norte-americano (Treasuries) e do dólar no exterior, no primeiro pregão do metal após Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) manter juros inalterados na última quarta-feira (13) pela tarde.
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Na Comex, divisão para metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), o ouro com entrega prevista para fevereiro de 2024 fechou em alta de 2,38%, a US$ 2.044,90 por onça-troy.
A cotação ganhou impulso após a manutenção de juros pelo Fed e a indicação de seu presidente, Jerome Powell, de que os dirigentes tiveram conversas preliminares sobre o início do relaxamento monetário. Essa leitura dovish da reunião derrubou o dólar, tornando a commodity mais barata para operadores de outras divisas, e baixou o retorno dos títulos americanos, com quem o ouro compete.
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O movimento foi amplificado depois que os presidentes do Banco Central Europeu (BCE) e do Banco da Inglaterra (BoE), Christine Lagarde e Andrew Bailey, afastaram a possibilidade de cortes de juros tão cedo. Assim, o dólar perdeu ainda mais fôlego frente a euro e libra – o que, por sua vez, tornou a apoiar o ouro.
“A narrativa de uma virada rápida na política monetária dos EUA está dominando o mercado de ouro e prata”, observou o analista Carsten Menke, do Julius Baer. Entretanto, o banco suíço disse que não vê necessidade para essa mudança brusca, apesar de reconhecer a desaceleração da inflação e do crescimento dos EUA. Assim, a instituição avalia que há riscos baixistas para os preços dos dois metais preciosos.