O ouro fechou em queda nesta sexta-feira, pressionado pelo fortalecimento do dólar no exterior, que avança diante do recrudescimento da perspectiva de que o Federal Reserve (Fed) será mais agressivo e manterá juros altos por mais tempo que o esperado. Além disso, o rali dos rendimentos dos Treasuries durante a semana, contribuíram para a desvalorização do metal nos últimos dias.
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Na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), o ouro para abril registrou recuo de 0,09%, a US$ 1.850,20 a onça-troy. Na variação semanal, o metal precioso teve queda de 1,30%
“Os preços do ouro foram esmagados esta semana, já que os ursos dos títulos estão totalmente no controle, agora que o mercado está precificando mais aumentos nas taxas do Fed. A vulnerabilidade do ouro a novas quedas, no entanto, deve ser limitada, pois os bancos centrais parecem prestes a aumentar suas participações em ouro. Os riscos de recessão global estão voltando e isso deve levar a alguns fluxos de porto seguro para o ouro”, projeta Edward Moya, da Oanda.
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O Commerzbank avalia que as esperanças de um fim do ciclo de alta de juros em um futuro próximo nos EUA se mostraram prematuras. Dessa forma, a correção do preço do ouro foi correspondentemente pronunciada: atualmente, uma onça troy de ouro custa uns bons US$ 130 a menos do que no início do mês. Em resposta aos aumentos mais acentuados das taxas do Fed – nossos economistas agora esperam que as taxas atinjam um pico de 5,5% – reduzimos nossa previsão do preço do ouro no meio do ano para US$ 1.800 por onça troy (anteriormente US$ 1.850). Uma recuperação duradoura deve ocorrer na segunda metade do ano, no entanto, já que a economia dos EUA provavelmente experimentará uma queda que provavelmente despertará expectativas renovadas de cortes nas taxas.