O contrato futuro mais líquido do ouro fechou hoje em queda, estendendo as perdas de ontem, pressionado pela alta do dólar ante rivais e pela força dos rendimentos dos Treasuries. Ainda, o metal caía à medida que investidores precificam juros mais elevados nas principais economias.
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Na Comex, divisão para metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), o ouro com entrega prevista para junho fechou em queda de 0,62%, a US$ 2.007,30 por onça-troy.
Na visão do analista Craig Erlam, da Oanda, a mudança do sentimento do mercado pressionou o ouro, com realização de lucro e à medida que aumentam as expectativas de que as taxas de juros das principais economias se tornem mais “agressivas”.
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Erlam destaca que o próximo suporte do metal precioso será entre US$ 1.940 a US$ 1.960 por onça-troy, “sendo US$ 1.900 por onça-troy o grande teste abaixo disso. Uma quebra disso pode significar uma mudança de tendência mais ampla e expectativas de taxas de juros muito mais agressivas”.
O Morgan Stanley já passou a considerar uma alta de juros pelo Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês) também em junho, enquanto a ferramenta FedWatch, do CME Group, indicou que a chance de o Federal Reserve (Fed) relaxar a política monetária até o fim do ano caiu.
Já o TD Securities chama atenção para o “flerte” do ouro com os principais níveis de suporte, o que poderá catalisar uma rodada de liquidações do metal, com uma baixa abaixo de US$ 1.975 por onça-troy podendo levar a uma queda mais acentuada. Entretanto, o banco canadense também destaca o aumento da demanda por metais preciosos após a “crise de liquidez” de bancos regionais dos Estados Unidos.