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Ouro fecha em alta, apoiado pelos títulos de dívida dos EUA e pelo dólar

Uma rodada de dados divergentes do país norte-americano também esteve no radar desta sessão

Ouro fecha em alta, apoiado pelos títulos de dívida dos EUA e pelo dólar
(Foto: Envato Elements)

O ouro fechou em alta nesta quinta-feira (27), apoiado pelo enfraquecimento dos juros dos Treasuries (títulos de renda fixa de dívida pública do governo norte-americano) e do dólar no exterior, após rodada de dados divergentes dos EUA. Segundo analistas, possíveis cortes de juros pelo Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) podem estender o rali do metal precioso, mas o cenário global incerto pode limitar ou reverter esses ganhos.

O ouro para agosto fechou em alta de 1,01%, em US$ 2.336,60 a onça-troy, na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex).

O ouro ganhou atratividade neste pregão, após dados divergentes dos EUA fortalecerem expectativas de cortes de juros pelo Fed em setembro. Particularmente, pesou sobre o mercado o número de pedidos de auxílio-desemprego, que caíram no ritmo semanal, mas avançaram ao maior nível desde 2021 no total de pedidos continuados. Para a Pantheon, o enfraquecimento do mercado de trabalho deve ganhar forma nos próximos meses, obrigando o Fed a agir.

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Analista de Energia e Macroeconomia da Hedgepoint Global Markets, Victor Arduin avalia que, se concretizados, os cortes devem impulsionar os preços do ouro a um novo rali, com a commodity já favorecida pelo cenário econômico global incerto.

Entretanto, a Capital Economics pondera que justamente este cenário deve prejudicar o preço de commodities, especialmente de metais como ouro e cobre. A consultoria britânica prevê que os preços podem reverter o curso atual a partir do segundo semestre de 2024 até 2025, conforme a demanda global recue e a atividade econômica da China desacelere – uma visão que a Capital reconhece estar fora do consenso do mercado.

Em nota, o TD Securities afirma que os dados do índice de preços de gastos com consumo (PCE, na sigla em inglês), divulgados amanhã, serão decisivos para os preços do ouro. No pior cenário, o ouro ainda terá nível de resistência em US$ 2.208 por onça-troy, apoiado pela demanda forte no mercado físico graças a compras por bancos centrais e investidores da Ásia, prevê o banco de investimentos.

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