O ouro fechou em alta e renovou recorde histórico nesta quinta-feira (28), em meio a expectativa por cortes de juros do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA). Contudo, analistas se dividem sobre a possibilidade do rali continuar nos próximos meses.
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Na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), o ouro com entrega prevista para junho, contrato agora mais líquido, fechou em alta de 1,16%, a US$ 2.238,4 a onça-troy, novo recorde histórico. Na variação mensal, o ouro teve ganhos de 8,94%.
As perspectivas para os preços do ouro seguem “construtivas”, à medida que investidores consolidam expectativas por três cortes de juros do Federal Reserve, começando a partir de junho, analisa o Goldman Sachs. Para o banco, este ambiente deve incentivar mais compras do metal por fundos ETFs, com o ouro se beneficiando também de hedge geopolítico diante das tensões no Oriente Médio, guerra na Ucrânia e importância crescente do ciclo eleitoral nos EUA.
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Por outro lado, o Julius Baer pondera que o humor “bullish” do mercado de ouro deve arrefecer e provocar um “efeito massivo” de pressão de baixa sobre os preços. O banco suíço observa que a demanda da China deve permanecer elevada neste ano e que os Bancos Centrais de países não ocidentais manterão compras de ouro em grandes volumes para reduzir a dependência do dólar, oferecendo suporte limitado ao metal precioso.
“Os dados não sugerem um impulso constante para o ouro e sim uma tendência volátil em nível extremo. A China e os BCs devem ser vistos como elementos estruturais de suporte para os preços atuais do ouro, ao invés de combustível para o rali”, avalia o Julius. O banco suíço acrescenta que somente um novo catalisador – como cortes de juros do Fed em um ambiente de recessão nos EUA – poderia gerar impulso para o metal precioso, cenário que considera pouco provável. “Tudo somado, vemos mais riscos de baixa do que de alta para o ouro”, pontuou.
Com informações da Dow Jones Newswires