O ouro fechou em alta nesta segunda-feira (28), com atratividade beneficiada pelo desempenho fraco do dólar e dos juros dos Treasuries (títulos de renda fixa de dívida pública do governo norte-americano) neste pregão, à medida que investidores digerem o Simpósio Jackson Hole e aguardam dados da economia americana. Contudo, analistas apontam que o rali terá fôlego limitado, caso se confirme o cenário de resiliência da economia dos EUA.
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Na Comex, divisão para metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), o ouro com entrega prevista para dezembro fechou em alta de 0,35%, a US$ 1.946,80 por onça-troy.
Em relatório, o Julius Baer avalia que o mercado de metais preciosos praticamente não reagiu ao discurso do presidente do Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA), Jerome Powell, que manteve o discurso de que a política monetária futura dependerá da evolução dos dados econômicos.
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Para o banco, os drivers principais do ouro continuam as projeções de força no crescimento econômico dos EUA, inflação persistente e, por consequência, juros restritivos por mais tempo, levando investidores para os bônus de títulos soberanos. “Salvo uma deterioração das perspectivas econômicas, que levaria a uma rápida inversão da política monetária, esperamos uma nova diminuição da procura de ativos seguros”, nota o Julius Baer.
Já a Heraeus analisa que os preços do ouro conseguiram “se manter relativamente bem”, apesar dos juros dos Treasuries alcançarem níveis elevados recentemente. A empresa avalia que os preços do metal poderiam se recuperar no futuro, caso o consumo tenha queda acentuada nos EUA e leve à uma recessão econômica. No curto prazo, porém, o dólar deve continuar depreciando o ouro, ressalta a Heraeus.