O contrato futuro mais líquido do ouro fechou pela quinta sessão seguida em queda nesta sexta-feira (29), sob pressão pela perspectiva de que os juros possam seguir em nível elevado por mais tempo.
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Na Comex, divisão para metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), o ouro com entrega prevista para dezembro fechou em queda de 0,67%, a US$ 1.866,10 por onça-troy. Na semana, a baixa foi de 0,49%, enquanto no mês e no trimestre os recuos foram de 5,08% e de 3,28%, respectivamente.
Na visão do analista Craig Erlam, da Oanda, os dirigentes fizeram um “bom trabalho” em convencer os investidores de que as taxas de juros ficarão elevadas por mais tempo, “esmagando” o preço do ouro. “O metal caiu abaixo de US$ 1.900 na quarta-feira, depois de recuar desde o início da semana, e as perspectivas não parecem particularmente promissoras no curto prazo”, avalia.
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O analista ainda aponta que a possível paralisação do governo americano, em meio ao impasse entre o Senado e a Câmara dos Representantes sobre o remanejamento dos recursos públicos dos EUA, poderá complicar o quadro. “Por enquanto, porém, o ouro quebrou grandes níveis de suporte, o que não é um bom presságio”.
Já o Commerzbank avalia que, enquanto o mercado continuar na esperança de que o BC americano consiga entregar um “pouso suave”, não é provável que ocorra qualquer recuperação de preços do metal precioso por enquanto. “No entanto, como os nossos especialistas norte-americanos estão mais pessimistas e acreditam que uma recessão é inevitável, esperamos ver dados econômicos mais decepcionantes nas próximas semanas. É provável que estes coloquem o dólar dos EUA sob pressão e, assim, deem dinamismo ao preço do ouro”, diz o banco alemão.