O ouro engatou seu segundo dia de alta nesta terça-feira (30), aproveitando-se da fraqueza do dólar, na véspera da decisão do Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos). Mesmo assim, o metal não sustentou os ganhos vistos mais cedo, e perdeu parte do fôlego após os retornos dos títulos de renda fixa de dívida pública do governo norte-americano (Treasuries) e a moeda americana se fortalecerem com indicadores dos Estados Unidos.
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Na Comex, divisão para metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), o ouro com entrega prevista para abril de 2024 fechou em alta de 0,31%, a US$ 2.050,90 por onça-troy.
Investidores também reagiram hoje à decisão do governo dos EUA de revogar uma licença concedida em outubro para uma estatal venezuelana que produz ouro. O boicote ao metal da Venezuela vem após o presidente Nicolás Maduro impedir o principal nome da oposição, María Corina Machado, de participar das eleições deste ano.
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A projeção de menos ouro no mercado soma-se a outros fatores, como o provável corte de juros pelo Fed em um horizonte próximo, o relatório de empregos dos EUA que sairá nesta semana, e as compras de ouro por chineses em nível recorde, para impulsionar o preço do metal para cima, afirma o TD Securities. Segundo o banco canadense, o ouro deve ter alta em um futuro próximo.
O Commerzbank concorda com a visão de que o preço deverá ir para cima neste ano, após o início do corte de juros pelo Fed, mas destaca que a demanda aquecida do mercado chinês não necessariamente durará. O banco alemão escreve que o impulso recente é fruto de medidas de incentivo à demanda e do ano novo chinês, que se aproxima.
O banco pontua, porém, que o ouro tem uma semana decisiva pela frente, visto que o texto do comunicado do Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC) e a coletiva de imprensa do presidente do Fed, Jerome Powell, vão ditar o ritmo da alta do ouro no curto prazo.