As ações da Microsoft (MSFT) abandonam o pessimismo sentido na véspera e sobem nesta terça-feira (28) na Nasdaq. Perto das 14h, os papéis da empresa de tecnologia avançam 2,33%, cotadas a US$ 444,66, depois de já terem oscilado entre a máxima, a US$ 444,83, e a mínima, a US$ 431,38. O movimento acompanha a notícia de que a companhia está entre os players americanos que poderiam assumir o controle do TikTok.
Se na segunda-feira (27) a MSFT sofreu com o lançamento de um novo produto de inteligência artificial (IA) pela DeepSeek e perdeu US$ 71 bilhões em valor de mercado, hoje a empresa se sai bem na Bolsa americana diante de declarações do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Ao ser questionado por jornalistas se a companhia estava entre as candidatas a comprar o TikTok, o republicado deu uma resposta afirmativa. “Eu diria que sim”, disse.
Em um dos primeiros atos no cargo, ao tomar posse na semana passada, Trump estendeu até o início de abril o prazo para a chinesa ByteDance, que controla o TikTok, encontrar um comprador para a operação americana. O republicano chegou a afirmar que outras empresas também estavam interessadas em comprar a rede social, mas não disse quais.
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Com o desempenho positivo no pregão desta terça-feira, a Microsoft atualmente é a segunda empresa mais valiosa do mundo, com um valor de mercado estimado em US$ 3,299 trilhões, de acordo com a plataforma Companies Market Cap. Na frente, está apenas a Apple (AAPL), avaliada em US$ 3,597 trilhões.
Microsoft pode ganhar com sucesso da DeepSeek?
Em relatório divulgado na segunda-feira (27), o Goldman Sachs diz acreditar que as inovações da DeepSeek, expandindo a vida útil das GPUs (unidades de processamento gráfico), podem beneficiar empresas da camada de infraestrutura, como a Microsoft. O entendimento é de que os investimentos em datacenters da big tech americana e de outras empresas podem ter um ciclo de vida mais longo do que o atualmente considerado pelos investidores.
“À medida que a diversificação de chips de IA com base nos fluxos de trabalho se torna mais comum, é possível que os investimentos em silício da Microsoft sejam reutilizados por um período maior que os seis anos de vida útil que a empresa e seus pares atualmente utilizam para trocar equipamentos de computação e redes”, destaca a equipe do Goldman Sachs liderada por Eric Sheridan.
Apesar do otimismo com a Microsoft, os estrategistas alertam ainda ser prematuro determinar qual será o impacto, se houver, das inovações relatadas pela DeepSeek no ecossistema mais amplo, especialmente no custo unitário e na demanda por modelos de ponta no setor de IA.
*Com informações do Broadcast
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