O Itaú BBA atualizou suas estimativas para a Minerva (BEEF3) e introduziu o preço-alvo de R$ 7 para o fim de 2025, o que implica em um potencial de valorização de 42% em relação ao fechamento da última quinta-feira (5). A recomendação foi mantida em outperform (equivalente a compra) diante de uma assimetria positiva que pode ocorrer se a integração dos ativos da Marfrig (MRFG3) se materializar em seu potencial esperado.
Além disso, os analistas Gustavo Troyano, Bruno Tomazetto e Ryu Matsuyama esperam que a injeção de capital, referente a captação de R$ 1,71 bilhão, aborde parcialmente a volatilidade do preço das ações da Minerva após um período com uma participação acionária comprimida dentro de seu valor de empresa nos últimos dois anos.
Outro destaque é a expectativa para a expansão da Minerva na América do Sul, com compra de ativos da Marfrig e de outros frigoríficos, diante da aprovação pelas autoridades antitruste, exceto pelo Uruguai. A expansão pode aprimorar, na visão do BBA, a posição da empresa no mercado. Soma-se a esse ponto positivo a força da exportação da Minerva, que pode compensar parcialmente eventuais quedas no ciclo de gado no Brasil.
O Itaú BBA aponta que a empresa está sendo negociada a um múltiplo de 4 vezes o valor da empresa sobre Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização), abaixo da faixa histórica entre 4,5 e 6 vezes. Além disso, o banco vê o fluxo de caixa livre para a empresa com números ainda comprimidos para 2025, visto que o crescimento do faturamento consome o capital de giro. Mesmo assim, vê um caminho de desalavancagem mais claro até 2026.