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- A China é a maior compradora de soja do Brasil --que, por sua vez, tem a oleaginosa como principal produto de exportação
(Reuters) – O apetite da China pela importação de grãos do Brasil deve se manter forte em 2021, disse nesta terça-feira a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, destacando especialmente a recomposição do rebanho de suínos do país asiático após uma epidemia de peste suína africana.
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Em entrevista à Rádio Bandeirantes, Tereza afirmou que a reconstrução do rebanho de porcos da China não era algo esperado “já para este ano”, mas que os sinais dessa recomposição, que surgiram já no final de 2020, aumentam a importância do uso de produtos agrícolas pelo país.
“Eles já conseguiram superar (a peste suína), transformar essa suinocultura. Portanto, o uso de insumos agrícolas, produtos agrícolas –soja, farelo de soja, milho– é muito importante, e esses números realmente aumentaram de maneira substancial e vão entrar este ano adentro”, disse a ministra.
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A peste suína africana dizimou o rebanho de suínos da China, o maior do mundo, a partir de surtos inicialmente registrados em meados de 2018. Após o abate de milhões de animais, o país iniciou medidas para recomposição das criações, tendo registrado um crescimento de 31% no rebanho ao final de 2020, a 406,5 milhões de cabeças, em comparação anual.
A China é a maior compradora de soja do Brasil –que, por sua vez, tem a oleaginosa como principal produto de exportação. Em 2020, o país asiático comprou 60,8 milhões de toneladas do complexo soja do Brasil, segundo dados do sistema Agrostat, do Ministério da Agricultura. Já o comércio de milho entre os dois países é incipiente.
Frente às expectativas de firme demanda no agronegócio, a ministra –que também destacou o aumento das compras por países como Vietnã e Indonésia– elencou como seu principal desafio no comando da pasta o aumento da produção de grãos no país, citando produtos como soja, milho e arroz.