Últimas notícias

Moedas Globais: dólar avança ante rivais, atento a presidentes de BCs

O índice DXY fechou com alta de 0,56%

Moedas Globais: dólar avança ante rivais, atento a presidentes de BCs
Euro é o mais resiliente às mudanças climáticas, enquanto o iuan é o mais exposto, segundo estudo do Barclays – Notas de dólar, franco suíço, euro e libra 26/01/2011 REUTERS/Kacper Pempel

Por Ilana Cardial – O dólar subiu frente moedas rivais nesta sessão, de olho em discursos dos presidentes do Federal Reserve (Fed), Banco Central da Europa (BCE) e Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês), Jerome Powell, Christine Lagarde e Andrew Bailey. Indicadores econômicos dos Estados Unidos e zona do euro também foram monitorados.

No fim da tarde em Nova York, o dólar subia a 136,55 ienes, enquanto o euro caía a US$ 1,0443 e a libra, a US$ 1,2118. O índice DXY fechou com alta de 0,56%, a 105,106 pontos.

Mesmo que não pareça neste momento, o mercado cambial deve lidar com alta volatilidade nos próximos meses, afirma o ING. A previsão se dá enquanto bancos centrais terão que lidar com inflação duradoura e a pressão para que atuem rápido em seus apertos monetários.

Publicidade

Invista em oportunidades que combinam com seus objetivos. Faça seu cadastro na Ágora Investimentos

Durante Fórum do BCE, em Portugal, os discursos evidenciaram as diferentes trajetórias a serem seguidas pelas autoridades monetárias nos EUA, zona do euro e Reino Unido. No Fed, Powell reconheceu que o aperto no país deve levar a “alguma dor” econômica, mas pontuou que a ameaça mais grave seria fracassar no controle da inflação. Em sua avaliação, a economia do país está bem posicionada para enfrentar o aperto monetário. Powell disse ainda que os mercados financeiros têm precificado trajetória de juros semelhante aos dirigentes e notou que o fortalecimento da divisa americana tende a ter efeito desinflacionário marginal nos EUA.

Presidente do BoE, Bailey afirmou que se a alta inflação persistir, como prevê, o BC britânico terá que agir de maneira mais “enérgica”. Ele não descartou um aumento de 50 pontos-base na próxima decisão monetária e disse estar claro que a economia britânica já desacelerou. Do BCE, a presidente Lagarde ponderou ser “apropriado” mover de modo gradual com a política monetária em momentos de incerteza e disse não esperar que a zona do euro volte à era de inflação baixa observada antes da pandemia da covid-19. Ela afirmou que o risco de fragmentação é “muito inerente” à construção da união monetária na zona do euro.

Entre indicadores, esteve no radar a última leitura do Produto Interno Bruto (PIB) americano no primeiro trimestre. A contração de 1,6% se mostrou maior do que a prevista em leituras anteriores e por analistas. Na zona do euro, o índice de sentimento do consumidor caiu menos do que o esperado e virou o euro para cima, ainda que momentaneamente.