O dólar se valorizou hoje, em quadro de atenção a potenciais fragilidades do setor imobiliário da China e também com sinalizações do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) na política monetária. Nesse quadro, o euro recuou, sem receber apoio de declarações da presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde, e o iene perdeu fôlego diante dos sinais do Banco do Japão (BoJ, na sigla em inglês).
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No fim da tarde em Nova York, o dólar subia a 148,83 ienes, o euro recuava a US$ 1,0592 e a libra tinha baixa a US$ 1,2210. O índice DXY, que mede o dólar ante uma cesta de moedas fortes, registrou alta de 0,39%, a 105,998 pontos.
No caso do iene, a moeda bateu mínimas em 11 meses ante o dólar, após o presidente do BoJ, Kazuo Ueda, reiterar que a instituição manterá postura “paciente”, e dizer que o alcance sustentável e estável da meta de inflação ainda não é perceptível. No governo local, o premiê Fumio Kishida prometeu pacote de estímulos econômicos para outubro.
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Já na zona do euro, Lagarde descartou que os dirigentes tenham discutido corte nos juros. Segundo ela, as pressões domésticas sobre os preços continuam fortes, e o nível e a duração dos juros são ambos cruciais para o BCE. A dirigente reafirmou que o banco central considera o nível atual dos juros adequado para conter a inflação adiante, mas também pontuou que não está descartada uma eventual nova elevação, caso os indicadores sugiram que isso é necessário.
Na China, estiveram em foco as dificuldades do setor imobiliário chinês, após a China Evegrande anunciar que está impossibilitada de emitir novos títulos, diante de uma investigação sobre uma de suas afiliadas. Ainda no setor, a incorporadora China Oceanwinds anunciou que sofrerá liquidação nas Bermudas, após não conseguir pagar um empréstimo de US$ 175 milhões de um de seus credores.
Nos EUA, o índice de atividade nacional elaborado pelo Fed de Chicago recuou a -0,16 em agosto, quando analistas ouvidos pela FactSet previam -0,03. O presidente do Fed de Chicago, Austan Goolsbee, notou em entrevista que os juros devem seguir em nível alto por mais tempo do que o estimado pelo mercado. Goolsbee ainda considerou que “é possível” haver um pouso suave na economia do país, mas ele também advertiu que há “vários riscos” no horizonte.