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Moedas globais: dólar avança, após ISM da indústria e com Fed no radar

No fim da tarde em Nova York, o dólar subia a 140,17 ienes

Moedas globais: dólar avança, após ISM da indústria e com Fed no radar
Foto: Envato Elements

(Gabriel Bueno da Costa, Estadão Conteúdo) — O índice DXY, que mede o dólar ante uma cesta de moedas fortes, avançou hoje, apoiado por um dado melhor que o esperado da indústria dos Estados Unidos, publicado pelo Instituto para Gestão da Oferta (ISM, na sigla em inglês). Com isso, o euro voltou a perder a paridade frente à divisa americana. Entre moedas emergentes e commodities, o peso chileno esteve pressionada, pelo quadro internacional e também com a proximidade do referendo sobre uma nova Constituição no Chile, marcado para este domingo.

No fim da tarde em Nova York, o dólar subia a 140,17 ienes, o euro recuava a US$ 0,9947 e a libra tinha baixa a US$ 1,1538. O DXY registrou alta de 0,91%, a 109,691 pontos.

O dólar foi apoiado após o índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) da indústria dos EUA, elaborado pelo ISM, ficar estável em agosto, em 52,8, acima da previsão dos analistas. Após o dado, o CME Group mostrava maior chance de uma alta de 75 pontos-base nos juros pelo Federal Reserve (Fed, o banco central americano) em 21 de setembro, em 74,0% no fim desta tarde.

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O Citi comentava em relatório que os dados de emprego e inflação são os mais importantes para o Fed tomar a decisão. Para o banco, porém, o “relatório sólido do ISM” reforça a aposta de uma elevação de 75 pontos-base. O aperto monetário tende a apoiar o dólar, o que ocorreu hoje.

Na zona do euro, leituras do PMI mostraram fraqueza, e o euro voltou a perder a paridade frente ao dólar. A força do dólar ainda levou o iene a ficar abaixo da marca de 140 ienes por dólar pela primeira vez desde 1998. Neste caso, influencia a política monetária mais relaxada do Banco do Japão (BoJ, na sigla em inglês), mais interessado em apoiar a economia e com menores temores sobre o rumo da inflação no país.

A libra, por sua vez, pode cair ainda mais com a incerteza política, avalia o deVereGroup, assessoria financeira independente. Segundo seu CEO, Nigel Green, a provável ascensão de Liz Truss como premiê do Reino Unido pode significar mais queda para a libra, com ela planejando cortes de impostos de 30 bilhões de libras, que levariam a inflação ainda mais para cima, motivando mais altas de juros pelo Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês).

Entre moedas emergentes e ligadas a commodities, o dólar avançava a 896,25 pesos chilenos, no horário citado. A queda do cobre e a força do dólar em geral influíram, mas a moeda latino-americana é pressionada também pela proximidade do voto sobre a Constituição neste domingo, com analistas em geral prevendo que o quadro de incerteza continuará no país, pesando nos investimentos, por exemplo.

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