O dólar fechou em queda ante seus principais pares nesta terça-feira (24), após um dado de confiança do consumidor abaixo da expectativa do mercado provocar reprecificação da curva de juros americana. Moedas de países exportadores de commodities metálicas também performaram bem após a China anunciar pacote de estímulos.
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O índice DXY, que mede a variação da moeda americana ante uma cesta de pares fortes, fechou em baixa de 0,47%, a 100,372 pontos. No fim do dia, marcou menor patamar intradiário desde julho de 2023, a 100,368. O dólar se depreciava a 143,20 ienes. O euro era cotado em alta, a US$ 1,1176, enquanto a libra se valorizava a US$ 1,3412. O dólar australiano, por sua vez, subia a US$ 1,451, depois que o BC do país manteve as taxas de juros inalteradas.
Após o Conference Board mostrar que o consumidor americano está menos confiante do que o previsto, preocupado com o arrefecimento do mercado de trabalho e com pressões inflacionárias, os juros dos Treasuries (títulos de renda fixa de dívida pública do governo norte-americano) e o dólar passaram a cair na sessão, abrindo espaço, inclusive, para que investidores reforçassem aposta por novo corte de 0,5 ponto porcentual na reunião de novembro do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA). Segundo o HFE, a leitura do indicador mostra que a saúde da economia americana é “mais preocupante do que se pensava”.
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Para o Commerzbank, o euro pode avançar até US$ 1,15 em meados de 2025 se o Banco Central Europeu (BCE) reduzir as taxas de juros da zona do euro menos do que o esperado e de forma mais cautelosa que o Fed. As ponderações sobre diferencial de juros com a economia americana têm apoiado as moedas europeias nos últimos dias. Hoje, inclusive, a libra tocou máximas desde março de 2022 em mais uma sessão consecutiva.
O dólar também perdeu para moedas exportadoras de commodities metálicas na sessão, após a China anunciar pacote de estímulos. A divisa americana perdia 1,28% contra o peso chileno, a 910,71 pesos perto das 17h (de Brasília). No mesmo horário, o dólar recuava a 7,0318 yuans onshore e caía a 7,0112 yuans offshore. O ING entende que os estímulos contribuem para um “sentimento reflacionário”, o que é ligeiramente negativo para o dólar à medida que os investidores mudam para moedas mais pró-cíclicas e de mercados emergentes.
Com informações da Dow Jones Newswires