O dólar operou em baixa nesta quinta-feira (21) ante a maioria das moedas, após a publicação de indicadores nos Estados Unidos apontar para um começo do corte de taxas de juros pelo Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) já no primeiro semestre de 2024. Além disso, no caso do euro, a moeda comum ganhou impulso com comentários do vice-presidente do Banco Central Europeu (BCE), Luis Guindos, que afirmou que pode ser ainda “muito cedo” para iniciar o corte de juros na região.
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No fim da tarde, o dólar caía a 142,26 ienes, o euro subia a 1,1003 e a libra tinha alta a 1,2687. O índice DXY – que mede o dólar ante seis rivais fortes -, caiu 0,55%, a 101,843 pontos.
O núcleo do PCE no terceiro trimestre foi revisado para baixo e ficou em 2,0% em termos anualizados. O valor, segundo Ian Lyngen, do BMO Markets, foi uma surpresa para o mercado, e é “um resultado consistente com a meta do Fed”, o que endossa a tese de que os cortes de juros estão próximos. Enquanto o mercado agora precifica um corte robusto de 175 pontos-base para 2024, porém, a Fitch se mostra mais cautelosa e aposta em uma redução de 75 pontos-base tanto para os juros do Fed, quanto do BCE e do Banco da Inglaterra (BoE).
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O Rabobank espera que o Fed continue resistindo às elevadas expectativas do mercado no que diz respeito aos cortes nas taxas em 2024. E, para o banco, embora o BoE tenha um mandato de inflação único, os receios de que a economia do Reino Unido continue a contornando a recessão poderão minar o impacto da retórica agressiva da autoridade no futuro. “Se o tom dos dados econômicos do Reino Unido piorar, o espaço para a valorização da libra devido à retórica agressiva do BoE poderá começar a diminuir. Em resumo, vemos espaço para o cabo descer para a libra descer a US$ 1,23 numa visão de 1 a 3 meses”, conclui.
Já Guindos alertou hoje que ainda é “muito cedo” para discutir cortes de juros, embora reconheça que os dados mais recentes de inflação na zona do euro vieram “favoráveis”. Em entrevista ao jornal espanhol 20 minutos, o dirigente reforçou que as próximas decisões do BCE dependerão da evolução dos indicadores econômicos. Segundo ele, assim que houver sinais de que os índices acionários “claramente” convergem em direção à meta de 2%. “Mas ainda é muito cedo para isso acontecer”, reiterou.