O dólar operou perto da estabilidade ante alguns dos principais rivais nesta terça-feira (01), em uma sessão com grande expectativa pela decisão de política monetária do Federal Reserve (Fed), que ocorre nesta quarta-feira. As perspectivas por uma alta de juros de 75 pontos-base se consolidaram, em um cenário no qual a inflação segue persistente nos Estados Unidos. No caso da libra, o Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês) também tem decisão nesta semana, sendo esperada a continuidade no aperto monetário na quinta-feira.
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No fim da tarde em Nova York, o dólar caía a 148,25 ienes, o euro recuava a US$ 0,9878 e a libra avançava a US$ 1,1484. O índice DXY registrou baixa de 0,04%, a 111,481 pontos.
Na visão da Western Union, recém-saído de seu primeiro mês de perdas desde maio, o dólar cedeu algum terreno à medida que os mercados se preparam para reuniões do Fed e do BoE. “O banco central americano certamente aumentará as taxas em mais 75 pontos-base, para 4%, com a inflação mostrando poucos sinais discerníveis de desaceleração significativa”, avalia.
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No caso do avanço do iene, o Japão gastou mais de US$ 40 bilhões em outubro para sustentar o valor da moeda local, um esforço que teve algum sucesso, mas que continua sendo prejudicado pela falta de interesse de Washington em conter a alta do dólar. O Ministério das Finanças do Japão disse que o governo gastou 6,35 trilhões de ienes em outubro em intervenções, o equivalente a cerca de US$ 42,8 bilhões.
O iene foi particularmente atingido porque o Banco do Japão (BoJ, na sigla em inglês) está mantendo as taxas de juros próximas de zero. A moeda japonesa atingiu uma baixa intraday de 32 anos de 151,93 ienes por dólar em 21 de outubro, de acordo com o provedor de dados Quick.
No Reino Unido, a avaliação da Western Union é de que para a libra estender sua recuperação das mínimas recordes no final de setembro, ajudaria se o BoE na quinta-feira adotasse uma postura mais agressiva de combate à inflação e aumentasse as taxas em 75 pontos-base, para 3%.
Para o euro, a Western Union acredita que a pressão descendente sobre a moeda pode ter diminuído um pouco depois que a inflação local disparou mais do que o esperado para 10,7%, uma nova alta histórica que sugere mais vantagens para os aumentos de juros pelo Banco Central Europeu (BCE).
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