O dólar operou sem sinal único ante rivais, encerrando uma semana de intensa atenção às posturas dos bancos centrais. A moeda americana avançou ante as principais europeias, mas teve queda diante do iene, com investidores focando na última decisão de política monetária do Banco do Japão (BoJ, na sigla em inglês) no ano, que ocorre na próxima semana. Neste cenário, as perspectivas para 2023 começam a ganhar mais espaço.
Ao final da tarde, o dólar caia a 136,58 ienes. Já o euro desvalorizava a US$ 1,0602 e a libra recuava a US$ 1,2175. O DXY teve alta de 0,14%.
Depois de alguns dias agitados nos mercados financeiros, o dólar está terminando a semana um pouco mais forte em relação à maioria das outras principais moedas, já que o sentimento de risco piorou acentuadamente após a última rodada de reuniões de banco central, avalia a Capital Economics. “Suspeitamos que isso proverá o fim da correção que viu o índice DXY cair quase 10% desde seu pico no final de setembro”, avalia.
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No Reino Unido, as vendas no varejo do país sofreram uma queda inesperada de 0,4% em novembro ante outubro, quando analistas previam alta de 0,4%, pressionando a libra. Além disso, para a Convera, o tom da decisão de ontem do Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês) atingiu uma nota dovish quando alguns banqueiros centrais votaram para manter as taxas em 3% devido às perspectivas sombrias para a sexta maior economia do mundo.
A análise aponta que o “euro dominou a semana” ao atingir máximas de 6 meses depois que o Banco Central Europeu (BCE) elevou as taxas em 50 pontos-base para 2%, e sua orientação agressiva sugeria que as taxas poderiam atingir um pico significativamente acima das estimativas recentes de 3%. “O BCE parece estar em um caminho de taxa de juros mais hawkish no próximo ano do que o Federal Reserve (Fed) sugere mais potencial de alta para o euro”.