O índice DXY, que mede o dólar ante uma cesta de moedas fortes, teve queda hoje, com a libra apoiada por um recuo do governo do Reino Unido em parte de seu pacote fiscal anunciado recentemente. Além disso, indicadores e sinalizações de dirigentes de bancos centrais estiveram em foco.
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No fim da tarde em Nova York, o dólar caía a 144,72 ienes, o euro avançava a US$ 0,9825 e a libra tinha alta a US$ 1,1316. O DXY registrou queda de 0,33%, a 111,745 pontos.
A libra esteve apoiada após o ministro das Finanças do Reino Unido, Kwasi Kwarteng, afirmar que o governo desistirá de uma proposta para eliminar o tributo de 45% sobre o imposto de renda dos mais ricos, parte do pacote fiscal visto com ceticismo pelos mercados financeiros.
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O DXY caía no início do dia, mas chegou a subir, em meio à divulgação de dados. O índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) industrial da zona do euro e do Reino Unido trouxeram números fracos para setembro, abaixo da marca que separa contração da expansão nessa pesquisa. O índice do dólar, porém, voltou a recuar adiante.
Apesar da alta de hoje, o Rabobank acredita que a libra está sujeita a mais recuos adiante, apontando que grande parte do pacote fiscal britânico continua a ser defendido pelo governo.
Na política monetária, a presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) de Kansas City, Esther George, disse que a grande maioria dos bancos centrais pelo mundo avalia moedas digitais, inclusive o Fed. Segundo ela, porém, o BC americano ainda não tomou uma decisão sobre adotar ou não essa opção. Já Tom Barkin (Richmond) ressaltou a inflação “elevada e persistente” e a reafirmou o compromisso do Fed para conter os preços altos. Em linha similar, John Williams também teve a inflação como foco, mas previu que a política monetária do BC e a desacelerarão colaborarão para que os preços voltem à meta.