O dólar teve alta contra rivais desenvolvidos nesta sexta-feira (21), fortalecido após a leitura preliminar do Índice de Gerentes de Compras (PMI) composto americano em junho. Após o dado, a moeda americana se aproximou dos 160 ienes, com investidores monitorando uma possível nova intervenção no câmbio japonês. Na última vez que o dólar chegou a esta marca, em abril, o governo local tomou medidas para conter a volatilidade da moeda do Japão.
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No fim da tarde em Novaa York, o dólar subia a 159,56 ienes, o euro recuava a US$ 1,0696 e a libra tinha baixa a US$ 1,2647. O índice DXY, que mede o dólar ante uma cesta de moedas fortes, registrou alta de 0,20%, a 105,796 pontos.
Na noite de ontem, o PMI composto do japão recuou levemente acima do esperado, o que, na análise do Commerzbank, prejudica a possibilidade do Banco do Japão (BoJ) elevar juros em um horizonte próximo, visto que a fraqueza econômica pode exigir uma política monetária acomodatícia. Também hoje, o PMI composto americano subiu além do esperado na leitura preliminar e impulsionou os ganhos do dólar, indicando uma atividade forte na maior economia do mundo. Do outro lado do Atlântico, o PMI composto da zona do euro ficou abaixo da expectativa.
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Pela manhã, o dólar oscilava contra divisas desenvolvidas, mas ganhou força após a leitura do PMI americano. Segundo o analista do City Index Fawad Razaqzada, o movimento da moeda americana hoje “foi graças à fraqueza dos dados europeus do PMI divulgados hoje cedo e às preocupações contínuas sobre as próximas eleições na França e no Reino Unido, ambas atrasando o euro e a libra”.
O analista da Oanda Kenny Fisher afirma que a leitura do PMI da zona do euro abaixo da expectativa é preocupante, visto que aponta para um possível crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do bloco menor do que o esperado no segundo semestre.
Mesmo assim, ele afirmou que uma leitura individual não pode influenciar as tomadas de decisões, e o Banco Central Europeu (BCE) deve monitorar com maior cautela as próximas leituras de indicadores para avaliar um possível novo corte de juros. Fisher diz também que, caso a extrema-direita vença as eleições na França – como é esperado – o mercado financeiro local, assim como o câmbio, pode esperar uma nova desvalorização.