A corretora Monte Bravo vislumbra que 2024 terá uma “virada de chave”, com destaque para crescimento do lucro por ação (LPA). Esse aumento, na visão da corretora, deve ser proveniente da melhora de segmentos mais voltados para o ciclo doméstico, conhecido como cíclicos.
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“O tom mais positivo visto nos mercados ao longo dos últimos dois meses se estenderá para 2024”, disse o analista em Renda Variável da corretora, Bruno Benassi, complementando que a valorização se dá em função da queda da Selic, do cenário global benigno para classes de ativos de risco e da revisão para cima do lucro das empresas.
Além de observar uma melhora no cenário micro, a Monte Bravo destaca quatro fatores que contribuem para a performance de ativos de risco: o aumento do apetite do investidor estrangeiro; a compressão do múltiplo preço/lucro (P/L) devido aos aumentos do LPA estimados; os patamares de largada do múltiplo P/L abaixo de suas médias históricas; e a redução das taxas de juros.
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Com esse cenário na Bolsa brasileira, a Monte Bravo estabeleceu que o preço-alvo para o Índice Bovespa em 2024 é de 155 mil pontos. “Temos expectativa de que o ano seja positivo para as companhias brasileiras, com volta de crescimento de lucros”, afirmou a corretora.
Entre as projeções para o Ibovespa, a Monte Bravo classifica que o alcance dos 95 mil pontos é o “pessimista”, o patamar de 146 mil pontos é o “base, enquanto os 193 mil pontos trata-se de um ambiente “otimista”. “Estipulamos que nosso cenário base tenha 75% de chance, o mais otimista com 20% de chance e, por último, o mais pessimista com 5% de chance”, informou a corretora.
Neste ano, a Monte Bravo observa que o crescimento ficou concentrado nas gigantes de commodities brasileiras, com grande destaque para Petrobras e Vale, enquanto empresas mais voltadas para o ciclo doméstico tiveram performance sofrível. “Nossa expectativa, a ser confirmada quando os balanços do ano forem divulgados, é de queda de quase 30% nos lucros das empresas”, disse.