A agência de classificação de risco Moody’s elevou o rating (avaliação que mostra o risco de crédito de uma empresa) da BRF (BRFS3) de Ba3 para Ba2. A perspectiva da companhia foi alterada de positiva para estável. Em relatório, a Moody’s destacou a melhora no desempenho operacional da BRF, que registrou margens Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) consolidadas nos níveis mais altos desde 2019, impulsionadas por fatores como a queda nos preços de grãos e o aumento dos preços no Brasil e nos mercados de exportação.
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Durante o primeiro semestre de 2024, a BRF obteve 57 novas licenças para acessar mercados como Reino Unido, Estados Unidos e países do Sudeste Asiático, lembrou a Moody’s. Esses ganhos, somados ao foco da empresa em eficiência operacional, apoiam volumes mais altos e uma melhor composição do mix de produtos.
A Moody’s também apontou a estratégia de gestão de passivos da BRF como um fator relevante para a redução do risco de liquidez, permitindo que a empresa continue focada em suas operações. Ao fim de junho de 2024, a BRF registrou saldo de caixa de R$ 11,5 bilhões, além de R$ 1,5 bilhão disponível em linhas de crédito, o que cobre as amortizações de dívidas até 2030 e diminui o risco de refinanciamento.
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O perfil de liderança da BRF em alimentos processados no Brasil e nas exportações globais de carne de aves continua a ser um ponto forte. A perspectiva estável reflete a expectativa da Moody’s de que a empresa manterá sua posição de destaque nos principais mercados, como Brasil e o halal, nos próximos 12 a 18 meses, com menor alavancagem financeira e forte liquidez, gerando fluxo de caixa positivo.