Depois de alterar a perspectiva do rating (avaliação que mostra o risco de crédito de uma empresa) soberano Ba1 do Brasil de positiva para estável, a Moody’s fez a mesma ação com as classificações de Ambev (ABEV3), Petrobras (PETR4) e Vale (VALE3). As três tiveram as notas mantidas.
No caso da Ambev, foi mantido o rating Baa2, que é justificado pela posição da companhia entre as maiores cervejeiras do planeta, com presença em 18 países e posição de liderança na maioria deles.
“A perspectiva estável reflete as métricas de crédito excepcionalmente fortes da Ambev, suas posições dominantes de mercado e sua estabilidade operacional, juntamente com outras características que ajudam a compensar os efeitos de seus vínculos com o Brasil, onde gera mais de 50% de seu Ebitda. Esperamos que a Ambev se beneficie da diversificação de seu portfólio e de sua presença geográfica, além de manter uma gestão financeira conservadora e um rigoroso controle de custos”, diz a Moody’s, ao justificar a nota da companhia maior que a do rating soberano.
A Vale também tem rating Baa2 pela Moody’s, nota que é sustentada pelo forte perfil de negócios da mineradora e sua posição de liderança na produção global de minério de ferro e níquel, com fluxo de caixa e lucratividade apresentando correlação mínima com as condições econômicas domésticas.
“A perspectiva estável também incorpora nossa expectativa de que não haverá aumento significativo nas provisões e desembolsos de caixa relacionados a Brumadinho ou Samarco que possam afetar a liquidez ou a alavancagem da empresa”, afirma a classificadora.
Para a Petrobras, o rating Ba1 reflete sua baixa dependência de fontes de financiamento domésticas e exposição limitada ao risco cambial, ao mesmo tempo que há o risco de influência governamental em suas decisões de negócios. “A perspectiva estável dos ratings da Petrobras reflete nossa visão de que seu perfil de crédito permanecerá praticamente inalterado nos próximos 12 a 18 meses”, reforça a Moody’s.