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CEO do Morgan Stanley aleta para 3 riscos no “horizonte global”; veja o que preocupa o banqueiro

Apesar dos riscos observados, Ted Pick aponta que ainda vê algumas oportunidades à frente

CEO do Morgan Stanley aleta para 3 riscos no “horizonte global”; veja o que preocupa o banqueiro
Morgan Stanley (Foto: Adobe Stock)

O CEO do Morgan Stanely, Ted Pick, disse que os principais riscos no horizonte global são as taxas de juros, a inflação e as incertezas geopolíticas. Mas, apesar disso, acredita em uma melhora do “denominador de oportunidades”.

“A maioria dos riscos que temos observado estão em grande parte relacionados às implicações das taxas de juros, dado que o período de taxas e inflação zero ficou para trás, e esse carvão quente que sentimos agora se inclinou mais para a inflação”, disse o banqueiro de Wall Street, em teleconferência de resultados, nesta quinta-feira (16).

Do outro lado, acrescentou, preocupa o aumento das incertezas geopolíticas nos últimos anos uma vez que o banco opera um negócio global. “A tensão que estamos vendo que se construiu ao longo dos últimos anos e que continuará”, avaliou.

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Segundo Pick, os resultados do Morgan Stanley no quarto trimestre do ano passado são um bom “presságio” de que o banco consegue manter geração de negócios e de lucro. E, a despeito dos riscos no horizonte, Pick vê mais oportunidades à frente. “O denominador de oportunidade deve melhorar”, disse.

Pipeline de M&A

Pick também disse hoje que o potencial de negócios de fusões e aquisições (M&A, na sigla em inglês) ao redor do globo é “muito forte” e está no maior patamar nos últimos cinco anos, dez anos. “É encorajador”, resumiu, na teleconferência.

Segundo o banqueiro, o segmento foi o último a retomar maior tração e a expectativa é positiva uma vez que negócios de M&A canalizam fluxos de negócios para todas as áreas de banco de investimento. “O pipeline é muito forte, dependendo de como você o mede, o mais forte que já foi em cinco, em 10 anos, talvez até mais, e estamos animados em levar isso para as demais áreas do banco de investimento”, disse Pick.

Os negócios de fusões e aquisições nos Estados Unidos desabaram cerca de 20% no ano passado em relação a 2023, totalizando 13 mil transações, segundo a consultoria Kroll. Na contramão do mundo, que teve expansão de 7%, o setor nos Estados Unidos foi impactado pela queda tardia dos juros em meio à resistência da inflação, além das incertezas eleitorais que, historicamente, afetam o segmento.

Pick afirma que o desempenho do mercado de M&As em 2025 dependerá de como serão os primeiros meses da nova administração nos Estados Unidos, com a posse do presidente eleito Donald Trump e o impacto de eventuais medidas de sua gestão nos outros países. Uma das preocupações é exatamente o aumento de tarifas comerciais. Ainda assim, ponderou, a atividade reprimida está começando a destravar.

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“Vimos alguns anúncios no fim do ano, aumentos de capital muito grandes que ocorreram onde uma enorme capacidade foi preenchida para grandes nomes em um fim de semana ou em um período de 24 horas. Não víamos isso desde 2020 em meio ao pano de fundo e taxas de juros totalmente diferentes”, disse o CEO do Morgan Stanley.

Ele mencionou ainda que também há demanda para ofertas públicas iniciais de ações (IPO, na sigla em inglês) não apenas como uma opção para vender para outro investidor ou para uma empresa, mas de fato, uma opção real de captação de recursos para as empresas. “Acho que isso está começando a se concretizar”, disse, acrescentando que está “otimista”.