O Morgan Stanley recomendou investidores a comprarem ações americanas caso o rebaixamento da nota de crédito dos Estados Unidos pela Moody’s faça pressão de baixa nos papéis. A redução das tarifas recíprocas à China de 145% para 30% diminui o risco de recessão nos EUA, e deve ajudar a sustentar a confiança no setor corporativo, avalia o gigante de Wall Street, em relatório a clientes, publicado nesta segunda-feira (19).
O estrategista de ações do Morgan Stanley, Michael Wilson, diz que as ações dos EUA podem sofrer um movimento de correção após o rebaixamento da Moody’s, que levou os rendimentos dos Treasuries (títulos de renda fixa de dívida pública do governo norte-americano)
de 10 anos a subir para mais de 4,5% nesta manhã. “Seríamos compradores de tal queda”, afirma Wilson, em relatório.
Os principais índices de Nova York abriram em queda nesta segunda-feira, refletindo o rebaixamento do rating dos EUA pela Moody’s. Trata-se a da última grande agência de risco a retirar o status ‘Aaa’ do país, para ‘Aa1’. A S&P Global Ratings puxou a fila do movimento, rebaixando os EUA em 2011, e foi seguida pela Fitch Ratings, em 2023.
De acordo com o estrategista de ações do Morgan Stanley, apesar do rebaixamento da Moody’s, o acordo comercial entre os EUA e a China pode garantir um rali mais duradouro às ações americanas. Além disso, o movimento de revisões para cima nas expectativas dos lucros futuros está ganhando força. Somados, esses fatores recolocam o S&P 500 firmemente na faixa pré-Dia da Libertação, de 5.500 a 6.100 pontos.
“Acreditamos que o progresso contínuo de revisões para cima nas expectativas do lucro por ação (EPS, na sigla em inglês) será necessário para [o S&P 500] romper a marca de 6.100 pontos”, diz Wilson.