O governo de Jair Bolsonaro prepara uma nova rodada de saques para beneficiários do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). A ideia é anunciar a medida após o carnaval. A expectativa é de que seja liberado o saque de até R$ 1 mil para cada trabalhador. Nas estimativas do governo, a ação pode alcançar 40 milhões de trabalhadores e injetar até R$ 30 bilhões na economia em 2022. A informação foi confirmada por fonte do Ministério da Economia.
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O tema chegou a ser mencionado na terça-feira, 22, pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, durante sua participação em um evento realizado pelo banco BTG Pactual. Para autorizar o saque extraordinário das contas de FGTS em pleno ano eleitoral, deve ser publicada uma medida provisória (MP).
“São pessoas que têm recursos lá e que estão passando por dificuldades. Às vezes, o cara está devendo dinheiro no banco e está credor no FGTS. Por que não pode sacar essa conta e liquidar a dívida dele do outro lado?”, disse Guedes, em fala durante o evento.
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Uma ação semelhante foi autorizada no governo do ex-presidente Michel Temer (MDB) em dezembro de 2017 e foi ampliada pela atual gestão. Medidas anteriores já liberaram a retirada de quase R$ 100 bilhões do fundo de garantia.
Na pasta econômica, o tema é tratado no âmbito da Secretaria de Política Econômica (SPE) e, segundo fontes do ministério, ainda está em maturação dentro da pasta. Um dos idealizadores é o atual assessor especial de Assuntos Estratégicos do ministério, Adolfo Sachsida, ex-chefe da SPE, que elaborou no atual governo as medidas de saques do FGTS para estimular a economia.
Em julho de 2019, o presidente Jair Bolsonaro anunciou a mesma “medida emergencial” para ajudar a economia do País. Os saques foram limitados a R$ 500, em contas ativas e inativas do FGTS.