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O que impulsionou o balanço positivo do Nubank (ROXO34)? Banco responde

Segundo o Morgan Stanley, há chances de a fintech valer US$ 100 bilhões até 2026

O que impulsionou o balanço positivo do Nubank (ROXO34)? Banco responde
(Foto: Divulgação/Nubank)

A surpresa positiva do resultado do Nubank (ROXO34) foi impulsionada pelas menores provisões para devedores duvidosos, que ajudaram o banco digital a reportar ganhos bem acima do esperado, avaliam os analistas do Morgan Stanley, que reiteraram a recomendação de compra para a ação da fintech. Mas o principal debate no mercado em torno do balanço deve se concentrar na redução das provisões em meio a alta da taxa de inadimplência, comentam em relatório.

“Infelizmente, o mercado raramente premia superações de lucros impulsionadas por reduções na provisão, especialmente quando os índices de inadimplência estão em alta”, escrevem os analistas do Morgan, Jorge Kuri, Jorge Echevarria, Andrew Geraghty.

“O principal culpado por trás da surpresa positiva [com o lucro] foram as menores provisões para perdas de empréstimos”, ressalta o Morgan Stanley. O lucro líquido no segundo trimestre foi de US$ 487 milhões, expansão de 116% em 12 meses.

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O comando do Nubank, ressalta o Morgan, mostrou confiança durante a teleconferência na noite de ontem em justificar a queda das provisões, ressaltando que ocorreram por conta da redução da taxa de inadimplência para período mais curto (abaixo de 90 dias). Além disso, a diretoria do banco observou que o crescimento do crédito foi mais lento em linhas que requerem nível maior de provisão.

“Estamos particularmente encorajados pelos comentários da administração sobre a aceleração na originação de crédito durante julho”, escrevem os analistas, citando ainda a visão otimista sobre o crédito consignado, a melhora da margem ajustada pelo risco, a eficiência de custos e o avanço das operações no México. “Estamos satisfeitos com os resultados e acreditamos que a empresa está no caminho certo para atender, se não superar, as expectativas de consenso para o ano.”

A avaliação do Morgan Stanley é que o Nubank está no caminho para construir uma das mais valiosas operações na América Latina. O banco americano vê chance de o Nubank valer US$ 100 bilhões até 2026.

“Acreditamos que o mercado está subestimando significativamente a capacidade do Nubank de entregar crescimento e lucratividade.” No relatório, os analistas citam o potencial no crédito pessoal e consignado, além de avançar nas operações na Colômbia e México.