O Nubank (ROXO34) pode quase triplicar sua participação no mercado de crédito de varejo no Brasil, calcula o Goldman Sachs em relatório nesta quinta-feira (11), em que atualizou previsões para o banco digital, apostando em sua tese de crescimento. O banco americano manteve a recomendação de compra do papel, mas elevou o preço-alvo de US$ 15 para US$ 17, um potencial de alta de 29%.
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A ação do Nubank teve novo pregão de recorde histórico, fechando em US$ 13,25 na Bolsa de Nova York. Em 2024, a valorização se aproxima de 60%.
De uma participação atual de 4% no segmento de empréstimos de varejo no Brasil, a fintech pode chegar a 11% até 2028, prevê o Goldman.
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No México, onde começou a operar bem depois do Brasil e ainda tem só 0,9% de participação do mercado de empréstimos, o Goldman estima que o Nubank pode chegar a 6% até 2028. Já na Colômbia, onde está começando agora essa operação, a previsão é que a participação deve sair dos atuais 0,3% para 2% até 2028.
Na revisão do modelo de negócios do Nubank, o Goldman prevê que a fintech deve dobrar a participação nos depósitos no Brasil, saindo de 2% atualmente para 4% em 2028.
A estimativa é que o Brasil, onde o Nubank tem mais de 90 milhões de clientes, ainda responda por 91% dos resultados do banco digital em 2028 – 8% devem vir do México e a Colômbia com 1%.
A operação no México, que tem consumido muito investimento, deve ficar lucrativa no primeiro trimestre de 2025, com o ROE (retorno sobre o patrimônio) do negócio local superando 10% até o quarto trimestre do ano que vem.
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Já a Colômbia deve se tornar lucrativa no segundo trimestre de 2026, com o ROE superando esse patamar no quarto trimestre daquele ano, prevê o Goldman. O banco já investiu mais de US$ 1,4 bilhão na operação mexicana e US$ 500 milhões no mercado colombiano.
Balanço
No mesmo relatório, o Goldman aumentou a estimativa de lucro para os resultados do segundo trimestre de 2024 do Nubank, com o alerta de que os resultados podem ter algum impacto cambial, como na carteira de crédito, por causa da alta do dólar no Brasil.
A previsão é expansão de 12% no lucro no trimestre e 89% na comparação anual, com o retorno patrimonial (ROE, em inglês) chegando a 24,1%, um dos mais altos no Brasil. O lucro líquido deve ficar em US$ 425 milhões. O balanço deve ser publicado em 13 de agosto.