A Nvidia (NVDC34) se tornou a empresa mais valiosa do mundo, ultrapassando a Microsoft (MSFT34) e a Apple (AAPL), nesta terça-feira (18), após meses de valorização de suas ações.
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A última vez que uma empresa dos Estados Unidos valia mais do que ambas ocorreu em 2011, quando a ExxonMobil (EXXO34) alcançou o topo do índice Nasdaq.
O valor de mercado, segundo a própria Nvidia, foi impulsionado pela crescente demanda por seus chips e pelo entusiasmo dos investidores em relação à inteligência artificial (IA).
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Com a notícia, as ações da Nvidia subiram 3,2%, atingindo US$ 135,18 (R$ 731,03), o que elevou seu valor de mercado para US$ 3,332 trilhões (R$ 18,02 trilhões), superando as duas gigantes de tecnologia que há muito disputam a liderança nos mercados acionários dos EUA.
A Nvidia tem sido a principal beneficiária do aumento na demanda por chips capazes de treinar e executar modelos avançados de IA generativa, como o ChatGPT da OpenAI.
A empresa, que há dois anos valia US$ 300 bilhões (R$ 1,62 trilhões) e enfrentava um excesso de chips devido à crise das criptomoedas, transformou-se em uma das companhias de tecnologia mais poderosas do mundo. Outras gigantes do Vale do Silício estão buscando adquirir os produtos mais recentes da Nvidia.
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Fundada há 31 anos para criar placas gráficas para jogos eletrônicos, a empresa experimentou, ano passado, trimestres consecutivos de crescimento na receita, reportando um aumento de 265% ano a ano em fevereiro e 262% em maio, conforme balanço divulgado pela empresa. As ações subiram aproximadamente 170% desde o início deste ano.
Nvidia lança nova geração de chips
Ao site britânico Financial Times, Jensen Huang, CEO da Nvidia, afirmou que a empresa está no epicentro de uma nova revolução industrial, liberando o potencial da inteligência artificial generativa para transformar todos os setores da economia global com computação avançada.
Empresas como Google (GOGL34), Microsoft e Amazon (AMZO34) adquiriram a série de unidades de processamento gráfico Hopper para seus serviços em nuvem. O ecossistema de software da Nvidia, Cuda, que oferece ferramentas para desenvolvedores que utilizam seus chips, consolidou sua liderança.
Enquanto isso, a Nvidia lança uma nova geração de chips mais poderosos chamada Blackwell, com Huang prometendo um ritmo de lançamentos anuais. Concorrentes como AMD e Intel lançaram seus próprios chips de inteligência artificial para competir, mas ainda não conseguiram reduzir significativamente a participação de mercado dominante da Nvidia.
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A corrida para aproveitar a oportunidade da inteligência artificial generativa varreu o setor de tecnologia, e a Apple, em sua conferência anual de desenvolvedores na semana passada, anunciou que seu próprio conjunto de modelos generativos seria incorporado em seus novos sistemas operacionais e firmou uma parceria com a OpenAI.
A crescente influência da Nvidia sobre índices de ações mais amplos tem levantado preocupações sobre a sustentabilidade da alta do mercado a longo prazo, mas poucos analistas ou investidores preveem uma reversão no curto prazo. Dos 72 analistas da Nvidia rastreados pela Bloomberg, apenas um classificou a ação como “venda”.