As bolsas de Nova York devem abrir em baixa nesta sexta-feira (14), enquanto investidores avaliam dados econômicos relevantes dos EUA e declarações de autoridades do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), que aparentemente se sobrepõem a uma série de balanços trimestrais positivos, incluindo de alguns dos maiores bancos do país. Às 10h24 (de Brasília), no mercado futuro, o Dow Jones caía 0,04%, o S&P 500 recuava 0,14% e o Nasdaq tinha perda de 0,60%.
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Mais cedo, as vendas no varejo dos EUA decepcionaram, com uma queda mensal de 1% em março, duas vezes maior do que os analistas previam. A produção industrial americana, por sua vez, teve alta de 0,4%, também em março, superando previsão de ganho de 0,2%.
Ainda nesta manhã, a Universidade de Michigan divulga levantamento preliminar sobre a confiança do consumidor dos EUA e expectativas de inflação. Também no radar, estão comentários de dirigentes do Fed. Há pouco, o diretor Christopher Waller afirmou em discurso que o BC americano ainda precisa apertar sua política monetária.
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Já o presidente da distrital do Fed em Chicago, Austan Goolsbee, disse à emissora CNBC que “há uma clara persistência” em parte da inflação dos EUA, apesar dos números mais suaves do CPI e do PPI divulgados nos últimos dias. Em meio aos dados e declarações, as chances de que o Fed eleve juros em mais 25 pontos-base na reunião de maio, como fez no mês passado, ultrapassaram 85%, segundo ferramenta de monitoramento do CME Group.
Abrindo de fato a temporada de balanços nos EUA, os gigantes bancários JPMorgan Chase, Citigroup e Wells Fargo revelaram nesta manhã lucros trimestrais mais fortes do que se previa. Tratam-se dos primeiros resultados do setor bancário americano desde a recente turbulência que levou à quebra do Silicon Valley Bank (SVB) e do Signature Bank.
Nos negócios do pré-mercado, a ação do JPMorgan saltava mais de 5% no horário acima, enquanto as do Citigroup e do Wells Fargo tinham altas de 1,4% e 1,7%, respectivamente. UnitedHealth e BlackRock igualmente surpreenderam com seus resultados trimestrais.
Também no pré-mercado, o papel da multinacional americana do setor de saúde, no entanto, caía 0,38%, apagando ganhos de mais cedo, enquanto o da maior gestora de ativos do mundo subia 1,38%. Na outra ponta, a ação da Boeing sofria queda de quase 6% no pré-mercado, após a empresa ser obrigada a desacelerar entregas do 737 Max devido a problemas na produção da aeronave.
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